Avançar para o conteúdo principal

Desemprego real é o dobro do oficial

Os números oficiais do desemprego não reflectem a realidade do país, ocultando várias pessoas sem emprego que não contam para as estatísticas. Esta é a conclusão de uma análise efectuada por investigadores do Instituto Universitário de Lisboa.

De acordo com esta pesquisa, divulgada pelo Público, o número real de desempregados chegava aos 17,5% no final de 2017. Oficialmente, o desemprego situava-se nos 8,5%.

O número real será, assim, mais do dobro do oficial pelo simples facto de contabilizar pessoas que não são consideradas nas estatísticas oficiais do desemprego.

Os dois investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Instituto Universitário de Lisboa, Frederico Cantante e Renato Miguel do Carmo, incluíram para esta “taxa de desemprego redimensionada” vários grupos de pessoas sem trabalho ou com empregos precários.


Assim, integram no número global de desemprego, os “desempregados desencorajados“, os que já não têm esperança de encontrarem um emprego e que, portanto, já não procuram, e os sub-empregados, aqueles que trabalham a tempo parcial, em condições precárias, por não encontrarem trabalho a tempo inteiro.

Além disso, integram ainda os “indisponíveis para trabalhar”, pessoas que não podem trabalhar por terem alguém a seu cargo ou por estarem doentes, e os desempregados integrados nos planos ocupacionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional que não contam para as estatísticas.

Os dois investigadores notam ainda que, no pico da crise, o desemprego real chegou a atingir os 28,1%, no primeiro trimestre de 2013, quando oficialmente os números andavam pelos 17,5%, cita o Público.

https://zap.aeiou.pt/desemprego-dobro-oficial-193929

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di