Avançar para o conteúdo principal

Bruxelas quer que Portugal facilite o despedimento de trabalhadores efectivos

A Comissão Europeia defende que Portugal deve tornar mais fácil o processo de despedimento dos chamados trabalhadores efectivos, que têm contratos permanentes ou definitivos.

Bruxelas acusa o Governo português de não estar a fazer nada para reduzir o que define como “excesso de protecção” dos trabalhadores dos quadros, aqueles que têm contratos permanentes ou definitivos, avança o Diário de Notícias.

“Há espaço para ir mais longe em reformas que reduzam a protecção laboral excessiva nos contratos permanentes em países como Portugal e Espanha”, considera a Comissão Europeia (CE) num estudo da Direcção-Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros que foi divulgado nesta segunda-feira.

Este estudo analisa “os efeitos de longo prazo da grande recessão no mercado de trabalho”, escreve o jornal, e defende que o combate à precariedade no emprego passa também pela facilitação do processo de despedimento dos trabalhadores com contratos sem termo.


A CE entende que “alguns aspectos do regime jurídico” português podem “desencorajar as empresas de contratar trabalhadores por tempo indeterminado”.

A título de exemplo, Bruxelas atesta que “os custos do despedimento individual de trabalhadores permanentes sem justa causa são incertos para os empregadores”. Algo que se deve, “em parte, à possibilidade de um trabalhador ser reintegrado na empresa se o despedimento for considerado abusivo, bem como a ineficiências nos processos judiciais”, considera o documento citado pelo DN.

https://zap.aeiou.pt/bruxelas-quer-portugal-facilite-despedimento-trabalhadores-efectivos-190702

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...