Vivia num parque de estacionamento de um edifício de apartamentos, no Japão, uma nova espécie de tardigrada – estranhos animais microscópicos mais conhecidos como ursos-d’água.
Este novo tardigrada foi baptizado Macrobiotus shonaicus e constitui a 168ª espécie destes micro-animais já descoberta no Japão, revelam os investigadores responsáveis pela descoberta no artigo científico publicado esta quarta-feira no PLOS ONE.
Os ursos-d’água são extremamente robustos, capazes de sobreviver nas mais adversas condições, incluindo sob temperaturas negativas de 200ºC, ou positivas de 149ºC, ou até em ambientes com radiação ou no vácuo do espaço, realça o Science Alert. Têm um corpo com menos de um milímetro de comprimento, oito pernas e bocas circulares que lhe dão um ar de constante surpresa.
Sendo tão minúsculos, parece espantoso que esta nova espécie tenha sido descoberta numa pequena amostra de musgo retirada do estacionamento de um apartamento em Tsuruoka, uma cidade na costa japonesa.
“A maioria das espécies tardigrada foi descrita a partir de musgo e líquenes – por isso, qualquer almofada de musgo parece ser interessante para as pessoas que trabalham com estes animais”, explica o bio-cientista da Universidade Keio, no Japão, Kazuharu Arakawa, que se dedica a estudar estes microscópicos seres, em declarações ao Live Science.
Mesmo assim, “foi bastante surpreendente encontrar uma nova espécie à volta do meu apartamento”, confessa o investigador.
As análises efectuadas em laboratório permitiram detectar a presença de 10 ursos-d’água a viverem no pequeno pedaço de musgo. Foram então divididos em cinco pares. As análises posteriores permitiram detectar num dos pares a nova espécie Macrobiotus shonaicus.
“Ovos esparguete”
Estes ursos-d’água têm entre 0.318 e 0.743 milímetros, com o aspecto habitual dos tardigrada, com a boca em forma de O e três filas de dentes. Arakawa explica que podem viver em algas, um dado que o surpreende porque a maioria das espécies do género Macrobiotus é carnívora.
Os ovos são outro factor que espanta o investigador, apresentando uma superfície sólida e filamentos flexíveis, parecidos com esparguete, que sobressaem para fora. Características que “podem ajudar o ovo a aderir à superfície onde é colocado“, revela Arakawa.
https://zap.aeiou.pt/nova-especie-urso-dagua-193754
Este novo tardigrada foi baptizado Macrobiotus shonaicus e constitui a 168ª espécie destes micro-animais já descoberta no Japão, revelam os investigadores responsáveis pela descoberta no artigo científico publicado esta quarta-feira no PLOS ONE.
Os ursos-d’água são extremamente robustos, capazes de sobreviver nas mais adversas condições, incluindo sob temperaturas negativas de 200ºC, ou positivas de 149ºC, ou até em ambientes com radiação ou no vácuo do espaço, realça o Science Alert. Têm um corpo com menos de um milímetro de comprimento, oito pernas e bocas circulares que lhe dão um ar de constante surpresa.
Sendo tão minúsculos, parece espantoso que esta nova espécie tenha sido descoberta numa pequena amostra de musgo retirada do estacionamento de um apartamento em Tsuruoka, uma cidade na costa japonesa.
“A maioria das espécies tardigrada foi descrita a partir de musgo e líquenes – por isso, qualquer almofada de musgo parece ser interessante para as pessoas que trabalham com estes animais”, explica o bio-cientista da Universidade Keio, no Japão, Kazuharu Arakawa, que se dedica a estudar estes microscópicos seres, em declarações ao Live Science.
Mesmo assim, “foi bastante surpreendente encontrar uma nova espécie à volta do meu apartamento”, confessa o investigador.
As análises efectuadas em laboratório permitiram detectar a presença de 10 ursos-d’água a viverem no pequeno pedaço de musgo. Foram então divididos em cinco pares. As análises posteriores permitiram detectar num dos pares a nova espécie Macrobiotus shonaicus.
“Ovos esparguete”
Estes ursos-d’água têm entre 0.318 e 0.743 milímetros, com o aspecto habitual dos tardigrada, com a boca em forma de O e três filas de dentes. Arakawa explica que podem viver em algas, um dado que o surpreende porque a maioria das espécies do género Macrobiotus é carnívora.
Os ovos são outro factor que espanta o investigador, apresentando uma superfície sólida e filamentos flexíveis, parecidos com esparguete, que sobressaem para fora. Características que “podem ajudar o ovo a aderir à superfície onde é colocado“, revela Arakawa.
https://zap.aeiou.pt/nova-especie-urso-dagua-193754
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