Apesar dos bons resultados da economia, e do incremento nos ganhos dos portugueses, as famílias vivem como pobres, devido ao peso que o endividamento continua a ter na vida das pessoas. A conclusão é da DECO.
A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) traçou o retrato das famílias portuguesas com base nos números do boletim estatístico de 2017 do gabinete de apoio aos sobreendividados (GAS). A coordenadora do GAS, Natália Nunes, explica à Renascença que “as penhoras já são a segunda causa de endividamento” das famílias.
A responsável repara que uma família com “um rendimento médio mensal de 1200 euros, mas com encargos no valor de 850 por mês”, tem “70% do rendimento absorvido pelas prestações do crédito”.
Trata-se de uma taxa de esforço de 70,8% que faz com que as famílias, apesar de “não estarem em situação de pobreza”, tenham de enfrentar “os mesmos problemas que uma família em situação de pobreza”, nota Natália Nunes.
De acordo com os dados do GAS, o crédito à habitação continua a ser o que pesa mais no rendimentos das famílias portuguesas, seguido do crédito automóvel.
O boletim estatístico de 2017 revela “a subida das penhoras e execuções para o segundo lugar das causas para o sobreendividamento (16%, mais 2% do que em 2016)”.
De acordo com a DECO, cada família portuguesa tem, em média, cinco créditos, número semelhante a 2016, mas inferior ao período de 2008 a 2009 em que a média se situava nos sete créditos.
A DECO não consegue, neste momento, dar resposta a todos os pedidos de ajuda que recebe. Natália Nunes fala de “uma grande diferença entre o número de famílias que conseguimos ajudar e as que pedem ajuda”, explicando que isso “tem a ver com a capacidade financeira das famílias de resolver os problemas”.
https://zap.aeiou.pt/portugueses-pobres-pagar-creditos-193660
A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) traçou o retrato das famílias portuguesas com base nos números do boletim estatístico de 2017 do gabinete de apoio aos sobreendividados (GAS). A coordenadora do GAS, Natália Nunes, explica à Renascença que “as penhoras já são a segunda causa de endividamento” das famílias.
A responsável repara que uma família com “um rendimento médio mensal de 1200 euros, mas com encargos no valor de 850 por mês”, tem “70% do rendimento absorvido pelas prestações do crédito”.
Trata-se de uma taxa de esforço de 70,8% que faz com que as famílias, apesar de “não estarem em situação de pobreza”, tenham de enfrentar “os mesmos problemas que uma família em situação de pobreza”, nota Natália Nunes.
De acordo com os dados do GAS, o crédito à habitação continua a ser o que pesa mais no rendimentos das famílias portuguesas, seguido do crédito automóvel.
O boletim estatístico de 2017 revela “a subida das penhoras e execuções para o segundo lugar das causas para o sobreendividamento (16%, mais 2% do que em 2016)”.
De acordo com a DECO, cada família portuguesa tem, em média, cinco créditos, número semelhante a 2016, mas inferior ao período de 2008 a 2009 em que a média se situava nos sete créditos.
A DECO não consegue, neste momento, dar resposta a todos os pedidos de ajuda que recebe. Natália Nunes fala de “uma grande diferença entre o número de famílias que conseguimos ajudar e as que pedem ajuda”, explicando que isso “tem a ver com a capacidade financeira das famílias de resolver os problemas”.
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