Avançar para o conteúdo principal

EUA pretendem acabar com uso de drones fabricados na China


Quase 1.000 drones utilizados para fins civis nos EUA serão retirados de serviço por serem fabricados por empresas chinesas, mas se avizinham dificuldades imediatas com esse passo.

O Departamento do Interior dos EUA anunciou que os seus quase 1.000 drones destinados a atividades de monitoração civil deixarão de ser utilizados devido a serem produzidos por companhias chinesas. As preocupações se prendem com a possibilidade de que os dados capturados pelas câmaras dos drones sejam enviados para Pequim, informa o jornal Financial Times.

A decisão de retirar de serviço os drones, que são usados para atividades como combater incêndios, mapear terrenos, monitorar recursos naturais, terrenos agrícolas, responder a cheias e vigiar áreas sísmicas, trouxe fortes protestos de várias agências, que dependem das aeronaves para preservar e fortalecer o equilíbrio ambiental.

"Os sistemas de aeronaves não-tripuladas são uma ferramenta única que se encaixa nesta missão e nos permite fazer observações da superfície de alta qualidade a uma fração do preço das operações de aeronaves tripuladas", disse um funcionário do US Geological Survey.
A preocupação é repetida por Gary Baumgartner, ex-funcionário do Conselho de Gestão Agrária (Bureau of Land Management) dos EUA: "Sem os drones, muitas vezes temos de usar aviões tripulados, o que é muito mais caro, e frequentemente perigoso para os intervenientes".

Custos da medida
O Pentágono está tentando incentivar o desenvolvimento de drones de fabrico nacional, mas admite que o processo deve levar anos, e até agora nenhuma empresa ocidental conseguiu enfrentar a DJI na indústria, que vende mais de 70% dos drones civis do mundo. Além disso, desmobilizar a atual frota de drones irá levar muito tempo e custar muito dinheiro.

O Serviço de Pesca e Vida Selvagem (Fish and Wildlife Service) já revelou como foi afetado pela proibição, referindo que cancelou os voos não-tripulados destinados a monitorar queimadas que podem levar a incêndios e contar animais em determinadas áreas.

Casos semelhantes
O governo dos EUA já havia expressado sua preocupação com aeronaves civis por causa de serem fabricadas na China. Os norte-americanos alegam, tal como no caso da Huawei e outras gigantes tecnológicas chinesas, que os drones podem espiar ou deixar aberta a possibilidade de enviar os dados para o governo chinês.

O Congresso está também debatendo um projeto de lei que proibiria o governo federal de comprar mais drones chineses. Em 2017, o Exército dos EUA emitiu uma diretiva proibindo a compra de drones feitos pela empresa chinesa DJI.

https://br.sputniknews.com/americas/2020011315001963-eua-pretendem-acabar-com-uso-de-drones-fabricados-na-china/

Comentários

Notícias mais vistas:

Patrões exigem ao Governo “período de fidelização” dos imigrantes às empresas

 Protocolo para as migrações exige às empresas que forneçam habitação e formação aos migrantes em troca de vistos em 30 dias. A contra-proposta dos patrões pede garantias: ou os imigrantes ficam no país por um período mínimo ou o Estado reembolsa as empresas pelos custos com o trabalhador. As empresas asseguram contrato, formação e alojamento e, em troca, o Governo compromete-se a acelerar o processo dos vistos dos imigrantes, em parceria com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), nos postos consulares dos países de origem em 30 dias. Esta é a base do protocolo de cooperação apresentado pelo Governo às confederações patronais no início do mês e que está agora a ser discutido. No início de janeiro, o ministério liderado por António Leitão Amaro voltará a sentar-se à mesa com os representantes das empresas e, ainda esta semana, as confederações irão reunir-se para alinhar as propostas a apresentar ao Executivo. Os patrões pedem uma responsabilidade partilhada à tutela...

Foi aprovado a descida de tarifas na mobilidade elétrica

 A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) desceu as tarifas aplicadas aos comercializadores de eletricidade para mobilidade elétrica e aos operadores de pontos de carregamento em 37,1%, tendo os detentores de pontos de carga uma redução de 61,7%, segundo avançado pela imprensa. Num comunicado, citado pela imprensa, a Mobi.E, Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica (EGME) informou que, a partir do dia 1 de janeiro, a tarifa aplicável aos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e aos Operadores de Pontos de carregamento (OPC) vai baixar 37,1%. Por sua vez, os valores a aplicar aos Detentores de Pontos de Carregamento (DPC) "serão reduzidos de forma ainda mais acentuada", em 61,7%. A decisão foi anunciada recentemente pela ERSE. Segundo o comunicado, no próximo ano, "a tarifa EGME a suportar, tanto por CEME como OPC por cada carregamento efetuado na rede nacional de carregamento será de 0,1572 euros, quando, em 2024, o valor ...

Governo aprova aumentos salariais para a função pública que fica com base remuneratória nos 878,41 euros em 2025

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, intervém durante o briefing de conclusão após a reunião do Conselho de Ministros, no Campus XXI em Lisboa, 05 de dezembro de 2024, TIAGO PETINGA/LUSA  O Governo aprovou, no Conselho de Ministros desta quarta-feira, os aumentos salariais para a função pública em 2025, que tinham já sido acordados com os sindicatos. O Governo aprovou esta quarta-feira em Conselho de Ministros a atualização salarial para a função pública em 2025. Assim, no âmbito do acordo já concretizado com estruturas sindicais, o salário mínimo na função pública passará para 878,41 euros, face aos 821,83 euros em vigor. Foi ainda aprovado o aumento de, pelo menos, 56,58 euros para vencimentos brutos mensais de até 2.630 euros e de 2,15% para salários superiores. “Um aumento superior ao que estava previsto pelo governo anterior”, salienta António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros. Foi também aprovado o aumento de 5% nas a...