Avançar para o conteúdo principal

Armazenamento de dados em ADN


O segredo para a próxima grande revolução nas tecnologias de armazenamento de informação digital está no nosso corpo

Estamos habituados a guardar a nossa vida digital em computadores e smartphones, discos rígidos, pens, cartões de memória e também na cloud (armazenamento em servidores). Mas à medida que o consumo de dados aumenta – 175 biliões de Gigabytes em 2025 –, é necessário encontrar novas respostas para acomodar tanta informação digital. Porquê? Os centros de dados ocupam muito espaço – o maior, localizado na China, tem um milhão de metros quadrados – e um grande número de máquinas representa um elevado consumo energético.

O que se segue? Há várias hipóteses em estudo, como centros de dados subaquáticos, discos de vidro com nanoestruturas, mas a tecnologia que mais promete revolucionar esta área é o armazenamento em ácido desoxirribonucleico, mais conhecido por ADN – o composto orgânico que ‘armazena’ as instruções genéticas de todos os seres vivos.

Estará, provavelmente, habituado a ouvir o termo ADN na área da saúde e da biologia, mas já foram dadas provas importantes de como esta é uma alternativa viável para guardar grandes volumes de dados num pequeníssimo espaço.

A Microsoft e a Universidade de Washington fizeram, em 2019, a primeira prova de um sistema automático de armazenamento em ADN: a informação digital foi convertida em ADN sintético e depois novamente convertida em informação digital com sucesso. Primeiro é necessário converter a informação digital, composta por zeros e uns, para adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G), os blocos básicos que constituem o ADN. Estes blocos são introduzidos através de líquidos e químicos, para que depois possam ser sintetizados.

Estima-se que seria necessário apenas um sistema de armazenamento em ADN do tamanho de um dado de rolar para guardar a mesma informação que atualmente ocupa um armazém cheio de servidores. As propriedade do ADN garantem também que a informação é preservada durante 100 anos. O tempo de codificação e descodificação de informação em ADN ainda é elevado: apenas para a palavra “hello” (termo inglês para olá) foram necessárias, em março, 21 horas e uma máquina que custa mais de 9000 euros.

É importante porque
A explosão no consumo de dados faz aumentar o número de centros de dados necessários, a área útil ocupada e o consumo energético. O ADN resolve de forma assinalável estes problemas e até o da própria duração do armazenamento de dados, mas a democratização da tecnologia ainda vai levar décadas

https://visao.sapo.pt/exameinformatica/tutoriais/o-que-e/2020-02-25-o-que-e-como-funcionamento-armazenamento-em-adn/

Comentários

Notícias mais vistas:

Patrões exigem ao Governo “período de fidelização” dos imigrantes às empresas

 Protocolo para as migrações exige às empresas que forneçam habitação e formação aos migrantes em troca de vistos em 30 dias. A contra-proposta dos patrões pede garantias: ou os imigrantes ficam no país por um período mínimo ou o Estado reembolsa as empresas pelos custos com o trabalhador. As empresas asseguram contrato, formação e alojamento e, em troca, o Governo compromete-se a acelerar o processo dos vistos dos imigrantes, em parceria com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), nos postos consulares dos países de origem em 30 dias. Esta é a base do protocolo de cooperação apresentado pelo Governo às confederações patronais no início do mês e que está agora a ser discutido. No início de janeiro, o ministério liderado por António Leitão Amaro voltará a sentar-se à mesa com os representantes das empresas e, ainda esta semana, as confederações irão reunir-se para alinhar as propostas a apresentar ao Executivo. Os patrões pedem uma responsabilidade partilhada à tutela...

Foi aprovado a descida de tarifas na mobilidade elétrica

 A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) desceu as tarifas aplicadas aos comercializadores de eletricidade para mobilidade elétrica e aos operadores de pontos de carregamento em 37,1%, tendo os detentores de pontos de carga uma redução de 61,7%, segundo avançado pela imprensa. Num comunicado, citado pela imprensa, a Mobi.E, Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica (EGME) informou que, a partir do dia 1 de janeiro, a tarifa aplicável aos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e aos Operadores de Pontos de carregamento (OPC) vai baixar 37,1%. Por sua vez, os valores a aplicar aos Detentores de Pontos de Carregamento (DPC) "serão reduzidos de forma ainda mais acentuada", em 61,7%. A decisão foi anunciada recentemente pela ERSE. Segundo o comunicado, no próximo ano, "a tarifa EGME a suportar, tanto por CEME como OPC por cada carregamento efetuado na rede nacional de carregamento será de 0,1572 euros, quando, em 2024, o valor ...

Governo aprova aumentos salariais para a função pública que fica com base remuneratória nos 878,41 euros em 2025

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, intervém durante o briefing de conclusão após a reunião do Conselho de Ministros, no Campus XXI em Lisboa, 05 de dezembro de 2024, TIAGO PETINGA/LUSA  O Governo aprovou, no Conselho de Ministros desta quarta-feira, os aumentos salariais para a função pública em 2025, que tinham já sido acordados com os sindicatos. O Governo aprovou esta quarta-feira em Conselho de Ministros a atualização salarial para a função pública em 2025. Assim, no âmbito do acordo já concretizado com estruturas sindicais, o salário mínimo na função pública passará para 878,41 euros, face aos 821,83 euros em vigor. Foi ainda aprovado o aumento de, pelo menos, 56,58 euros para vencimentos brutos mensais de até 2.630 euros e de 2,15% para salários superiores. “Um aumento superior ao que estava previsto pelo governo anterior”, salienta António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros. Foi também aprovado o aumento de 5% nas a...