Avançar para o conteúdo principal

Banco Central Europeu está a avaliar lançamento de moeda digital


A Presidente do banco central revela ainda que foi criada uma equipa de especialistas para analisar os prós e contras deste projeto

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), confirmou nesta semana que o organismo responsável pela emissão da moeda Euro continua a avaliar a hipótese de lançar uma «Moeda Digital do Banco Central» (CBCD na sigla em inglês).

«Em termos do caminho à nossa frente, o BCE vai continuar a avaliar os custos e benefícios de emitir uma moeda digital que garanta que a população no geral é capaz de usar dinheiro do banco central mesmo que a utilização do dinheiro físico eventualmente diminua».

Numa entrevista à publicação Challenges, e entretanto publicada no site do BCE, Christine Lagarde revela que foi criado um grupo de especialistas, no final de 2019, que vai trabalhar com os bancos centrais dos países da União Europeia para «estudar a viabilidade da moeda digital do banco central, de várias formas, na zona euro».

Apesar desta abertura em relação a uma versão digital do euro, a presidente do BCE deixa alguns alertas sobre as consequências negativas que também podem surgir caso a ideia avance. «A prospeção de iniciativas do banco central não deve desencorajar ou encher o mercado privado de soluções para pagamentos de retalho rápidos e eficientes na zona euro», acrescentou a responsável.

A presidente do BCE considera que uma moeda digital única para a zona euro pode ter grandes implicações no setor financeiro e nas políticas de monetárias de transferência de dinheiro. «Estamos a olhar de perto para a viabilidade e para os méritos de uma Moeda Digital do Banco Central», voltou a frisar.

De recordar que no final de 2019, o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia anunciou um acordo para impedir o lançamento de moedas digitais, cujo valor depende de fundos de investimento ou moedas convencionais – naquela que parece ter sido uma medida de proteção contra o projeto Libra da rede social Facebook.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2020-01-09-Banco-Central-Europeu-esta-a-avaliar-lancamento-de-moeda-digital

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...