Avançar para o conteúdo principal

Coronavírus. Ar condicionado do carro pode salvar-lhe a vida?


Habituámo-nos a que o ar condicionado dos automóveis modernos nos refresque (ou aqueça) e seque o ambiente. Mas muitos sistemas vão muito mais além e até há os que podem defender-nos do coronavírus.

Em pleno surto de coronavírus, um bom ar condicionado pode salvar-lhe a vida, tanto em relação à qualidade do ar que vem de fora, como o que é exalado pelos companheiros de viagem

Os sistemas de ar condicionado modernos são, ou podem ser em alguns casos, muito mais sofisticados e eficientes do que a maioria dos condutores pode pensar. É certo que continuam a envolver a compressão de um gás, seguida da expansão para baixar a temperatura, produzindo assim o ar frio que tanto apreciamos. Mas as versões mais sofisticadas – e necessariamente mais onerosas – conseguem fazer verdadeiros milagres, no sentido de proteger a saúde de quem vai a bordo.

É impressionante a poeira, pólen, gases poluentes, bactérias e vírus que entram a bordo através do ar condicionado (A/C). Os dispositivos mais simples estão equipados com filtros que apenas retêm impurezas e as de maiores dimensões. Mas outros há que montam filtros mais eficientes, os denominados HEPA, de High Efficiency Particulate Air (há vários níveis de filtros HEPA, sendo os mais eficientes classificados como de nível hospitalar), que já capturam partículas muito mais pequenas e, potencialmente, até bactérias e vírus. Se bem que não liquidem estes últimos.

Se os filtros HEPA trabalharem em sintonia com sistemas que ionizam as moléculas do ar a bordo, que destroem pólen, bolor e bactérias, então estamos perante um A/C capaz de anular alergénicos, poluentes e microrganismos que possam fazer perigar a saúde. Este é o caso dos A/C montados pela Audi, por exemplo, nos seus veículos acima das gamas A6 e Q7.

Um A/C contra ataque de armas químicas?

O sistema mais sofisticado de ar condicionado, ou de tratamento do ar, se preferirem, é oferecido pela Tesla exclusivamente para os Model S e Model X. Estes veículos estão equipados com um sistema que a marca denomina Bioweapon Defense Mode que, basicamente, uma vez accionado, em paralelo com a recirculação do ar interior, é capaz de proteger os ocupantes mesmo perante os gases utilizados em guerras químicas, de acordo com o construtor. Entre outras soluções à disposição destes veículos, está um filtro HEPA de grandes dimensões e de nível hospitalar, que anula bactérias e vírus. O vídeo acima mostra como funciona.

O mais pequeno e mais barato Model 3 tem instalado um sistema mais eficaz do que o normal, mas sem recorrer ao mesmo tipo de filtro, essencialmente por falta de espaço, segundo explicou o CEO da Tesla através do Twitter, dado tratar-se de um veículo mais pequeno para instalar a bordo objectos de dimensões tão generosas. Ainda assim, um teste em vídeo demonstra que até o Model 3 consegue anular partículas muito pequenas, uma vez que depois de começar a funcionar com matéria sólida com dimensões de 135 mícrones, filtra-a até restarem partículas com somente 2,5 mícrones.

A acreditar nas reivindicações das marcas mencionadas, respectivamente Audi e Tesla (não conseguimos obter respostas em tempo útil por parte dos restantes fabricantes contactados), tudo indica que os seus mais sofisticados sistemas de ar condicionado e tratamento de ar deverão ser capazes de filtrar o ar a ponto de anular ou, no limite, reduzir consideravelmente a exposição a bactérias e vírus, como o Covid-19.

https://observador.pt/2020/03/04/coronavirus-ar-condicionado-do-carro-pode-salvar-lhe-a-vida/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...