A equipa de investigação da Microsoft está a trabalhar no projeto Silica, que visa usar vidro para guardar dados durante dez mil anos
Os laboratórios da Microsoft Research, em Cambridge, Inglaterra, estão a estudar a forma de armazenar dados em vidro através de laser e curtos, mas poderosos, impulsos de energia. Este processo conduz a uma alteração estrutural, sendo possível controlar a profundidade e o ângulo de entrada, o que permite gravar múltiplos bits de informação.
A equipa aliou-se à Warner Bros Studios para conseguir os conteúdos dos estúdios e mantê-los para a prosperidade. A Cnet visitou as instalações destes estúdios onde estão gravados mais de 750 mil filmes, num cofre de temperatura controlada. As condições de filmagem atuais, onde já não se usa filme, mas se procede à gravação digital, obrigam a empresa a procurar outro tipo de soluções para o armazenamento de longa duração, daí a parceria com a Microsoft e ao projeto Silica.
O primeiro filme a ser alvo deste tratamento histórico foi o original de 1978 Superman: The Movie sendo condensadas 22 bobines de filme num pedaço de vidro que cabe em qualquer bolso de trás das calças.
A vantagem de se usar esta forma de arquivo prende-se com o espaço necessário (cada vez menor) e por não serem necessárias condições climatéricas ou de luz bastante exigentes, como salas frias ou não expostas ao Sol. O material resiste a água, elevadas temperaturas e pode ser riscado sem que perca os seus conteúdos, uma vez que estes estão gravados na estrutura, do lado de dentro.
https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/ciencia-ei/2020-02-03-como-a-microsoft-pretende-guardar-dados-durante-dez-mil-anos/
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