Avançar para o conteúdo principal

Galp já tem preços para o carregamento dos veículos elétricos: prepare-se para fazer muitas contas de cabeça

100Km percorridos num carro a gasóleo custa cerca de 7€ (apenas de gasóleo) ou 10€ se for a gasolina, num carro eléctrico ao carregar num PCR (Posto de Carregamento Rápido) vai custar entre 3€ e 10 € dependendo do local e da hora. (contas do Wilson).

A Galp foi o primeiro comercializador de energia a revelar a tabela de preços que vai praticar para carregamento na rede Mobi.e. Para, por exemplo, um Nissan LEAF, com consumo médio de 15 kWh/100 km, o custo vai variar entre cerca de 3 a quase 10 euros aos 100 km. Tudo depende do posto e do horário escolhidos para fazer o carregamento.

Hoje é dia agendado para os operadores começarem a anunciar os valores que vão ser cobrados nos Postos de Carregamento Rápido (PCR) a partir de 1 de novembro – ainda não há data indicada para início da cobrança nos postos de carregamento normal (PCN). Como já se sabia, não é propriamente fácil fazer as contas. Além das diversas parcelas, há ainda que contar com grandes variações de valor de acordo com a hora e dia e com o posto de carregamento escolhido.

Num ficheiro PDF apresentado no site galpeletric.pt são indicadas as tarifas a praticar pela Galp Eletric e é anunciado um desconto de 20% para adesões ao cartão GalpEletric até 31 de dezembro de 2018. Recorde-se que a rede Mobi.e prevê a interoperabilidade entre postos de carregamento e cartões. Ou seja, o utilizador tem liberdade para usar qualquer cartão e respetivo contrato associado em qualquer posto da rede.

Os preços variam entre 15,75 a 23,77 cêntimos por kWh em função da escolha da tarifa (bi-horária ou tri-horária). Valor que, segundo a informação presente no documento, «incluem as tarifas de acesso à rede de mobilidade elétrica em vigor aprovadas pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos assim como os respetivos descontos definidos pela Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica».

De acordo com informação divulgada anteriormente, o valor total a pagar, que será faturado num único documento emitido pelo comercializador de energia contratado, resultará da soma de sete parcelas. A informação disponibilizada pela Galp indica incluir duas dessas parcelas: tarifa de consumo de energia e taxa de acesso à rede. O que significa que, aos valore referidos, deverá ser necessário somar a tarifa de ativação do posto, a tarifa de utilização do posto, a taxa referente ao Imposto Especial de Consumo (IEC, fixado é €0,001 por kWh), a taxa de gestão da rede Mobi.e (não cobrada nesta fase inicial) e, é claro, o IVA (23%).

Além do já mencionado desconto de 20% sobre as tarifas até ao final do ano (novembro e dezembro), a Galp Electric indicou outras duas promoções, destacando-se a oferta da energia (não considera dos custos de operações dos postos) até 30 de abril para utilizadores que têm a Galp como fornecedora de energia em casa. Neste caso, a operadora oferece ainda um desconto de 20% na tarifa quando a carregar o veículo em casa durante o período nocturno (vazio) para clientes que contratalizarem o Plano Casa Mobilidade Elétrica. Quem usar o cartão da Galp terá ainda desconto de 6 cênt/litro em combustível Evologic para veículos híbridos plug-in (PHEV), menu Snack exclusivo nas Lojas Tangerina dos Postos Galp aderentes, oferta de caderneta de lavagens automáticas nos postos Galp aderentes e Pack Car Care Galp “Leve 3 pague 2” nas lojas Tangerina aderentes.

Clique aqui para aceder ao ficheiro com o tarifário da Galp Eletric.
https://galpelectric.pt/pdfs/Tarifario%20GalpElectric.pdf


Atualização: o custo de operação dos postos de carregamento rápido
A Mobi.e publicou os valores a cobrar pelos diversos postos de carregamento rápido, o que permite calcular o valor total do carregamento. Por exemplo, para os valores indicados pela Galp, entre 15,75 a 23,77 cêntimos por kWh, e para um carregamento feito no Posto de Carregamento Rápido da Área de Serviço Oeiras (Sentido Cascais/Lisboa), um consumo de 30 kWh vai ter um custo entre cerca de 9 a 12 euros. Para, por exemplo, um carro com consumo de 15 kWh/100 km, este valor resulta num custo entre 4,5 a 6 euros aos 100 km.

Os valores a cobrar pelos operadores dos postos de carregamento rápido é muito variável. Há postos onde não é cobrado qualquer valor, como é o caso dos PCRs operados pela Prio.e (Coimbra, Lisboa, Porto e Sintra) e nos postos situados no parque de estacionamento Francisco de Holanda em Guimarães (rede piloto) e na Rua de São Paulo em Loulé (CME). Nestes postos, segundo o tarifário da Galp, o custo por 100 km indicados para o exemplo acima (15 kWh/100 km) variará, aproximadamente, entre €3 a €5.

No extremo oposto estão os postos da Galp, os mais caros de utilizar segundo a informação da Mobi.e: custo de ativação (por carregamento) de cerca de 50 cêntimos e de utilização de 16,2 cêntimos por kWh. Há ainda outros postos onde a taxa de utilização é faturada por tempo, entre 4,2 a 15 cêntimos por minuto. Uma opção que vai penalizar carros com potência de carregamento mais baixas e beneficiar carros com potências de carregamento mais altas. Nos Postos de Carregamento Rápido atualmente instalados em Portugal, a potência máxima é de 50 kW.

Mais barato que o gasóleo?
Considerando estes valores, tudo indica que o consumo dos veículos elétricos quando carregados em Postos de Carregamento Rápido da rede Mobi.e vai ser mais económico que o consumo de veículos de combustão equivalentes. Por exemplo, para um carro a gasóleo com consumo de 5 litros aos 100 km, o custo para percorrer esta distância é superior a €7.

Recorde-se que os utilizadores de veículos elétricos vão continuar a poder usar os Postos de Carregamento Normal gratuitamente e carregar em casa ou no trabalho com custos de acordo com o contrato que têm com o fornecedor de energia - muitas vezes abaixo dos 20 cêntimos por kWh.

http://exameinformatica.sapo.pt/mobilidade_inteligente/2018-10-15-Galp-ja-tem-precos-para-o-carregamento-dos-veiculos-eletricos-prepare-se-para-fazer-muitas-contas-de-cabeca

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

“Não vale a pena ir porque eles não saem”: GNR ‘de mãos atadas’ com casal que ocupa segunda casa no concelho de Almada

 O casal que invadiu uma casa no Funchalinho, no concelho de Almada, voltou a invadir ilegalmente outra habitação, a cerca de um quilómetro da primeira, revelou esta quarta-feira o ‘Correio da Manhã’. O proprietário foi “alertado por um vizinho para a ocupação”, relatou. Tal como na primeira casa, o casal de ‘ocupas’, com filhos menores, ‘limpou’ a casa e colocou os seus pertences no interior da mesma, tendo feito uma puxada da eletricidade e utilizando a água dos vizinhos. O proprietário fez queixa na GNR da Charneca de Caparica e pediu acompanhamento policial com medo de represálias. “Disseram-me que não valia a pena irem lá comigo porque eles não iam sair”, indicou a vítima, revelando sentir-se “desamparado e abandonado pela lei e as forças de autoridade”. “Nunca pensei viver uma situação destas. É frustrante. Invadem a nossa casa e nada podemos fazer”, salientou o proprietário. De acordo com o jornal diário, a GNR não despejou os ‘ocupas’ devido à ausência de flagrante delito. ...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...