Avançar para o conteúdo principal

“Isqueiro Amarelo” voltou a atear um fogo (e fica em casa com pulseira electrónica)

Um operário da construção civil, que tem a alcunha “Isqueiro Amarelo”, ateou um incêndio neste domingo, muito próximo de uma zona de casas, em Cesar, Oliveira de Azeméis. Apesar de ser reincidente, o homem fica em prisão domiciliária com pulseira electrónica.

O caso reportado pelo Correio da Manhã ilustra a ineficácia da intervenção das autoridades perante situações de incendiários reincidentes, alguns com problemas de álcool, que continuam a actividade criminosa.

No caso de “Isqueiro Amarelo”, o homem já tinha sido detido em 2010, após pegar um fogo na freguesia de Cesar, em Oliveira de Azeméis. Nessa altura, foi condenado a “apresentações periódicas e a tratamento à dependência do álcool”, frisa o CM.

Neste domingo, foi novamente apanhado a atear um fogo numa zona florestal, muito perto de casas, em Macieira de Sarnes, Cesar. Apresentava uma taxa de alcoolemia superior a 3 gramas/litro e ficou em prisão domiciliária com pulseira electrónica, como relata o referido jornal.

Desde o início do ano, já foram detidos mais de 100 presumíveis incendiários, conforme disse à agência Lusa o secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves.

O governante refere que o reforço dos meios de prevenção dos incêndios, com patrulhamentos diários das florestas por forças policiais, “tem sido fundamental” para reduzir a eclosão de incêndios e minimizar o seu impacto.

No passado mês de Julho, arrancou um projecto-piloto de reabilitação para incendiários no Estabelecimento Prisional de Lisboa, com um grupo de nove reclusos, conforme anunciou o Diário de Notícias.

Trata-se de um programa “importado do Reino Unido” que “visa a reabilitação comportamental e emocional”, refere o diário, notando que estão em causa reclusos que estão “a cumprir penas que variam entre os três e os seis anos” pelo crime de incêndios.

Sem revelar detalhes sobre os casos dos reclusos envolvidos, o Ministério da Justiça (MJ) aponta ao DN que “para terem sido condenados a estas molduras penais é porque foi muito grave, doloso“.

No total, contam-se actualmente 126 incendiários que cumprem prisão preventiva ou foram condenados por crimes de incêndio, de acordo com dados do MJ citados pelo DN.

https://zap.aeiou.pt/isqueiro-amarelo-pulseira-electronica-215365

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...