Avançar para o conteúdo principal

Engenheiro da SpaceX revela os planos de Elon Musk para colonizar Marte

O engenheiro Paul Wooster da SpaceX, a empresa de Elon Musk dedicada à exploração espacial, revelou numa palestra os planos de Elon Musk em colonizar o planeta vermelho.

Um dos principais engenheiros da SpaceX, o programa aeroespacial do grupo Tesla, partilhou esta quarta-feira alguns detalhes sobre os planos da empresa de foguetões para enviar as primeiras pessoas para Marte — e como Elon Musk, o líder da Tesla, o pretende fazer.

Durante uma apresentação na 21ª Convenção Anual da International Mars Society em Pasadena, California, Paul Wooster, falou acerca dos planos da empresa em começar a enviar missões de transporte de carga para Marte em 2022, enviado missões tripuladas no ano de 2024.

No entanto, o grande objetivo é a construção de cidades em Marte e colonizar o planeta permanentemente como uma “unidade de backup” para a humanidade, em caso de um evento catastrófico acabar com a vida no planeta Terra. Esta visão não vem, ainda assim, sem as suas dificuldades.

“Acho que muitas pessoas além da SpaceX podem contribuir”, apelou Wooster durante a palestra. “A ideia seria expandir, começar não apenas com um posto avançado, mas sim crescer para uma base maior (…) uma cidade e depois várias cidades”, afirmou o engenheiro.

O plano para chegar a Marte
Elon Musk e a sua equipa na SpaceX contam com uma ajuda de peso: o Big Falcon Rocket (BFR), um foguete de 106 metros de comprimento que produz um impulso de descolagem de 5.400 toneladas, propulsionadas por 31 motores raptor. Os primeiros dois BFR serão enviados para Marte em 2022, carregados apenas de mantimentos para missões futuras. Dois anos depois, em 2024, serão enviados outros quatros, dois deles tripulados com o propósito de começar a colonização.

Cada uma das naves espaciais de Musk transportariam cerca de 100 toneladas de mantimentos e serviriam de casa aos primeiros humanos a popular o planeta, pelo menos inicialmente, enquanto extraem recursos e trabalham para se tornarem auto-suficientes. Uma das tarefas iniciais será extrair pelo menos uma tonelada de gelo por dia que, em parte, será transformada em metano que será usado para trazer os primeiros colonos de regresso para o nosso planeta.


As seis naves serão apenas os primeiros passos para uma expansão sustentável em Marte. Segundo Woster, será prioritário desenvolver meios de produção de energia, pistas de aterragem, estufas, e uma série de infraestruturas de suporte ao funcionamento da vida no planeta vermelho. “Todos os recursos que precisas para ter uma população em crescimento à superfície”, disse Wooster.

E o que fazer no dia-a-dia, assim que esteja composta a primeira colónia humana em Marte? Os primeiros colonos de Marte teriam que aproveitar o para compreender melhor a história do planeta, a geologia e o clima de Marte. A exploração do sub-solo também será uma das prioridades nas primeiras missões, até para descobrir se existe ou alguma vez existiu vida em Marte. No fundo, Wooster sugere que se aprofundem as respostas a questões científicas.

“Este tipo de coisas são verdadeiras oportunidades para praticamente qualquer pessoa na comunidade se envolver”, disse Wooster. “A SpaceX está realmente focada em montar a arquitetura de transporte e alcançá-la o mais rápido possível. Mas é realmente para permitir todos esses tipos de atividades também. Isso deve encorajar as pessoas que podem contribuir. ”

Com cerca de quatro anos até à sua primeira missão, a SpaceX começou a reunir-se formalmente com funcionários da NASA, académicos e especialistas em outras empresas de voos espaciais para tratar dos detalhes por trás de suas missões de desembarque em Marte.

https://observador.pt/2018/09/05/engenheiro-da-spacex-revela-os-planos-de-elon-musk-para-colonizar-marte/

Comentários

Notícias mais vistas:

Putin está "preocupado" com uma eventual Terceira Guerra Mundial mas avisa: "Toda a Ucrânia é nossa"

 "Russos e ucranianos são um só", entende o presidente da Rússia, que não procura uma capitulação total da Ucrânia, embora tenha um objetivo concreto em mente A Ucrânia faz parte da Rússia porque ucranianos e russos são uma e a mesma coisa. Este é o entendimento do presidente russo, Vladimir Putin, que não teve problemas em afirmá-lo esta sexta-feira. A partir do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, Vladimir Putin garantiu que não procura uma capitulação da Ucrânia, ainda que pretenda que Kiev reconheça a realidade da situação no terreno. “Não procuramos a capitulação da Ucrânia. Insistimos no reconhecimento da realidade que se desenvolveu no terreno”, acrescentou, sem concretizar totalmente o que isso significa. Mas já depois disso, e na confirmação de que pensa numa espécie de reedição da União Soviética, Vladimir Putin afirmou: “Russos e ucranianos são um só povo. Nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa”. Apesar disso, e quase que numa aparente contradição, o pr...

Como resistir ao calor: transforme a sua ventoinha simples num ar condicionado

 As ventoinhas, por si só, muitas vezes limitam-se a fazer circular o ar quente. Mas existe um truque engenhoso para torná-las mais eficazes Em dias de calor muito intenso, e para quem não tem ar condicionado em casa, suportar as elevadas temperaturas pode ser um verdadeiro desafio. No entanto, se tiver uma ventoinha por perto, há um truque simples que pode fazer toda a diferença na hora de refrescar o ambiente. As ventoinhas, por si só, têm muitas vezes dificuldade em baixar efetivamente a temperatura, limitando-se a fazer circular o ar quente. Mas existe uma maneira engenhosa de torná-las mais eficazes a refrescar o espaço. A página de TikTok @top_dicas_  partilhou um método simples para transformar uma ventoinha num verdadeiro ar condicionado caseiro. O processo é acessível e não exige ferramentas. Vai precisar apenas de uma ventoinha, duas garrafas de plástico, dois tubos de plástico, uma caixa térmica de esferovite, gelo, fita-cola e abraçadeiras. Comece por cortar a part...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...