Avançar para o conteúdo principal

Especialistas alertam Costa para descida de impostos e crise financeira

António Costa levantou a ponta do véu sobre Orçamento do Estado para 2019

Especialistas falam da urgência em descer IRS e IRC de forma a fomentar o investimento e natalidade. Nova crise deve ser preocupação do Governo.

O economista João Duque, apesar de ser conotado com o PS, é perentório na reação ao discurso que marcou a noite passada. “Este é um orçamento orientado para as eleições, feito para abranger o maior número possível de clientelas e de votantes”, aponta.

Durante a entrevista, António Costa fez cair por terra uma possível descida no IVA sobre a eletricidade, atualmente estabelecido em 23%, anúncio que não acolheu a simpatia do economista. “Seria mais eficiente não se ter mexido no IVA da restauração e baixar IVA da eletricidade. As pessoas para pouparem ficam em casa e em casa gasta-se eletricidade. O que este Governo fez foi baixar o imposto para aqueles que vão jantar fora e que apagam a luz em casa”, acusa.

O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro considera que uma redução deste imposto teria sido útil mas, ainda assim, alinha prioridades. “Descer o IRS ou o IRC é mais urgente neste momento. O processo de criação de riqueza está muito penalizado em Portugal”, refere. O especialista sublinha a necessidade em baixar os impostos afetos ao trabalho e às empresas. “Precisamos de salários que tenham menos impostos para estimular as pessoas a trabalhar”, acrescenta.

O perigo de uma nova recessão é motivo de alerta também para Tiago Caiado Guerreiro que vê com bons olhos o aumento das pensões, mas mete alguma água na fervura. “É uma boa medida desde que seja sustentável porque se não o for, pode conduzir-nos a uma nova crise como a que tivemos, é preciso ter cuidado”, aconselha.

João Duque deixa ainda uma crítica ao discurso socialista. “O primeiro-ministro continua a atribuir o sucesso de alguns indicadores económicos às políticas encetadas pelo Governo e isso não é verdade. O que o Governo fez foi aumentar o consumo dos portugueses e o que de facto mexeu com a economia foi o mercado externo e as exportações”, conclui.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/especialistas-alertam-costa-para-descida-de-impostos-e-crise-financeira/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...