Avançar para o conteúdo principal

Homem preso na Arábia Saudita por ter tomado o pequeno-almoço com uma colega de trabalho

Um homem egípcio, empregado num hotel na cidade de Meca, na Arábia Saudita, foi preso e acusado de desrespeitar as leis do reino e de estar a exercer uma função reservada a sauditas, depois de um vídeo que o mostra a tomar o pequeno almoço com uma mulher saudita ter incendiado as redes sociais

Um homem egípcio foi preso na Arábia Saudita depois de um vídeo que o mostra a tomar pequeno almoço com uma mulher saudita, sua colega de trabalho, se ter tornado viral na rede social Twitter.

Na Arábia Saudita as mulheres não podem fazer refeições com um homem que não sejam da sua família. Pastelarias, cafés e restaurantes dividem as salas entre homens solteiros e famílias, sendo que uma mulher sozinha raramente pode sentar-se num destes espaços.

O homem que se vê no vídeo foi preso por representantes do Ministério do Trabalho e do Desenvolvimento Social num hotel na cidade de Meca, alegadamente o seu local de trabalho, e está acusado de“cometer várias violações da lei e de exercer uma profissão reservada a sauditas”, segundo escreve a agência de notícias Reuters.

As redes sociais incendiaram-se com a notícia, principalmente o Twitter que foi onde ela apareceu. Alguns utilizadores brincaram com a “enorme gravidade” de fazer uma refeição com um colega de trabalho, outros criticaram os “egos frágeis” dos homens sauditas que não conseguem aguentar que uma mulher esteja ao lado de outro homem enquanto outros ainda defenderam a decisão das autoridades referindo que uma mulher saudita a trabalhar ao lado de um homem estrangeiro é uma clara violação dos valores e das tradições do reino.

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita tem feito capas de jornais com as suas medidas de “abertura civilizacional” que incluem permitir que as mulheres tirem a carta de condução e que possam entrar em salas de concerto e cinemas. Mas o reino de Mohammed bin Salman está muito longe de ser um sítio livre.

As mulheres continuam a não poder abrir uma conta bancária, por exemplo, e esta é apenas uma das consequências do “sistema de guarda” imposto por lei. O que isto na prática significa é um total controlo das rotinas das mulheres sauditas por parte do “guardião masculino” e que toma por elas a maioria das decisões. O divórcio, por exemplo, só é consentido a uma mulher com a permissão do marido.

https://expresso.sapo.pt/internacional/2018-09-10-Homem-preso-na-Arabia-Saudita-por-ter-tomado-o-pequeno-almoco-com-uma-colega-de-trabalho#gs.Cp67cO0

https://twitter.com/moha5_55/status/1038491525880131585

Comentário do Wilson:

Pelo vídeo parece-me que nem se quer estava a tomar o pequeno almoço com ela, apenas filmou ela a tomar o pequeno almoço no seu local de trabalho que me pareceu ser a recepção do Hotel onde trabalhavam.

Veja o vídeo em:
https://twitter.com/moha5_55/status/1038491525880131585
.

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

Porque é que os links são normalmente azuis?

WWW concept with hand pressing a button on blurred abstract background Se navega na Internet todos os dias já reparou certamente numa constante: as hiperligações são quase sempre azuis. Este pequeno detalhe é tão comum que poucos param para pensar na sua origem. Mas porquê azul? Porquê não vermelho, verde ou laranja? A resposta remonta aos anos 80, e envolve investigação científica, design de interfaces e… um professor com uma ideia brilhante. Vamos então explicar-lhe qual a razão pela qual os links são normalmente azuis. Porque é que os links são normalmente azuis? Antes da Web, tudo era texto Nos primórdios da Internet, muito antes do aparecimento dos browsers modernos, tudo se resumia a menus de texto longos e difíceis de navegar. Era necessário percorrer intermináveis listas de ficheiros para chegar à informação pretendida. Até que, em 1985, Ben Shneiderman, professor da Universidade de Maryland, e o seu aluno Dan Ostroff, apresentaram uma ideia revolucionária: menus embutidos, que...