Avançar para o conteúdo principal

Feedzai é o quarto unicórnio português

 Empresa fundada por Nuno Sebastião levantou uma ronda de 200 milhões de dólares, o que eleva a avaliação da Feedzai bem acima dos mil milhões de dólares

Nuno Sebastião, CEO da Feedzai © Filipe Amorim / Global Imagens


A Feedzai, empresa portuguesa dedicada à inteligência artificial para prevenir e detetar fraude nos pagamentos em instituições financeiras, anunciou o levantamento uma ronda de 200 milhões de dólares, o que eleva a sua avaliação bem acima dos mil mihões de dólares, o patamar mínimo para o estatuto de unicórcio. É o quarto português.


A ronda de investimento foi liderada pela KKR, e contou com a participação de outros investidores da Feedzai, como a Sapphire Ventures e a Citi Ventures. Segundo a empresa liderada por Nuno Sebatião, o novo investimento será usado "para acelerar a expansão global da Feedzai, alargando a sua oferta de produtos e impulsionando a sua estratégia de parceria para fortalecer sua posição como uma das soluções de prevenção de crimes financeiros e gestão de risco mais abrangentes do mercado".


Um investimento que ocorre numa altura em que a procura pela tecnologia da Feedzai está a crescer, em resultado do uso crescente das soluções de digital banking e de e-commerce, "o que levou a um aumento significativo do número de consumidores vítimas de crimes financeiros", refere a empresa, que quantifica a situação: "Só no último trimestre de 2020, houve um aumento de 650% em fraudes de apropriação de contas, 600% em fraudes de falsificação de identidade e um aumento de 250% em ataques de fraude bancária online em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano".


A empresa monitoriza entidades com mais de 800 milhões de clientes em 190 países e tem, entre os seus clientes, algumas das maiores instituições financeiras do mundo, como o Citibank, Fiserv e Santander, ou Fintechs como SoFi e Mox by Standard Chartered.


"A tecnologia da Feedzai é a base do comércio atual, pois os consumidores em todo o mundo esperam experiências bancárias e de pagamento rápidas, confiáveis, perfeitas e, acima de tudo, seguras. O mundo tem requisitos de digitalização mais rápidos e as instituições financeiras precisam de soluções confiáveis ​​que prosperem neste novo ambiente digital em dias, não meses ", refere, no comunicado, o CEO e presidente da Feedzai. Nuno Sebastião acrescenta: "Estamos entusiasmados em trabalhar com a KKR para trazer mais inovação para este espaço e continuar protegendo nossos clientes de um cenário de crimes financeiros em constante evolução."


Já o diretor administrativo da KKR, Stephen Shanley, considera que a Feedzai "oferece uma solução poderosa para um dos maiores desafios que enfrentamos hoje: o crime financeiro na era digital. O comércio global depende de tecnologias preparadas para o futuro, capazes de lidar com um cenário de ameaças em rápida evolução. Ao mesmo tempo, os consumidores exigem, por direito, uma ótima experiência do cliente, além de fortes camadas de segurança ao usar serviços bancários ou de pagamentos ".


Como referido, a Feedzai junta-se assim ao grupo de unicórnios fundados por portugueses, a Farfetch, de José Neves, a Outsystems, de Paulo Rosado, e a Talkdesk, criada por Cristina Fonseca e Tiago Paiva.


https://www.dinheirovivo.pt/empresas/feedzai-e-o-quarto-unicornio-portugues-13493113.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Motor de desenvolvimento ou de danos irreparáveis? Parque solar planeado para Portugal abre polémica

    Vista da central solar de Serpa, no sul de Portugal, quarta-feira, 28 de março de 2007.  -    Direitos de autor    ANTONIO CARRAPATO/AP2007 Direitos de autor ANTONIO CARRAPATO/AP2007 A empresa por detrás do projeto promete "conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território". Ainda assim, as associações ambientalistas e os municípios têm-se insurgido contra a implantação do Parque Solar Fotovoltaico Sophia. Quais os motivos? Um novo projeto solar, que será sediado no distrito português de Castelo Branco, está a ser amplamente contestado tanto pelas associações ambientalistas como pelos próprios municípios. Chama-se Parque Solar Fotovoltaico Sophia e, segundo anunciado no  site da empresa por detrás da iniciativa , a Lightsource bp, o seu objetivo passa por " conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território  e benefícios duradouros para as comunidades locais". Tratar-...

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias