Avançar para o conteúdo principal

Falha nova tentativa de desencalhar navio no Canal do Suez

 Uma nova tentativa, nesta noite de sábado para domingo, de retirar o navio porta-contentores de 400 metros de comprimento encalhado há cinco dias no Canal do Suez voltou a fracassar, segundo um dos operadores daquela travessia marítima.

 © Ahmad HASSAN/AFP


Esperava-se que a operação fosse bem-sucedida com a lua cheia e a grande maré alta, esperadas para esta noite, mas "infelizmente, o estado da maré não ajudou a levantar o Ever Given", escreveu na sua conta no Twitter a empresa especializada em serviços de logística em diferentes canais e estreitos do mundo Leth Agencies, citada pela agência espanhola de notícias Efe.


O navio, do tamanho de um arranha-céus, atravessou-se no Canal do Suez, no Egito, devido, de acordo com as primeiras investigações, a fortes ventos e uma tempestade de areia, na noite de terça para quarta-feira, o que obrigou já à paragem de 326 outros navios na rota de navegação mais movimentada do mundo, segundo as autoridades locais.


Segundo a Leth Agencies, a Autoridade do Canal de Suez, que administra a rota marítima egípcia, vai hoje novamente tentar descarregar o navio, com a ajuda de rebocadores.


Na tentativa de movimentar o navio, sem sucesso, foram utilizados 14 rebocadores, dragas e escavadoras para remover a areia em redor da proa do Ever Given.


O capitão de um dos rebocadores, envolvidos na operação, disse sábado terem conseguido deslocar a proa do navio cerca de 17 metros para norte, para onde navegava quando colidiu com uma das margens.


De acordo com a gestora de cargas, a multinacional Bernhard Schutle Shipmanagement (BSM), outros dois rebocadores devem hoje juntar-se à operação.


Por sua vez, a armadora Maersk, a principal operadora no Canal de Suez, lembrou que, mesmo depois de libertado, vai demorar entre três e seis dias a desfazer o grande engarrafamento que se gerou no canal, que liga o Mar Vermelho ao Mediterrâneo, e que é a rota marítima mais curta entre a Ásia e a Europa.


Algumas embarcações já estão a desviar a sua rota para o Cabo da Nova Esperança, para contornar a África, apesar de percorrer esta rota precisar de mais dias de navegação.


Com capacidade para 224 mil toneladas de carga, o porta-contentores de 400 metros, da empresa de Taiwan Evergreen, que tem bandeira do Panamá, bloqueou o canal e a passagem de 10% do comércio mundial e de 25% dos contentores de carga.


https://www.dinheirovivo.pt/economia/falha-nova-tentativa-de-desencalhar-navio-no-canal-do-suez-13509202.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Motor de desenvolvimento ou de danos irreparáveis? Parque solar planeado para Portugal abre polémica

    Vista da central solar de Serpa, no sul de Portugal, quarta-feira, 28 de março de 2007.  -    Direitos de autor    ANTONIO CARRAPATO/AP2007 Direitos de autor ANTONIO CARRAPATO/AP2007 A empresa por detrás do projeto promete "conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território". Ainda assim, as associações ambientalistas e os municípios têm-se insurgido contra a implantação do Parque Solar Fotovoltaico Sophia. Quais os motivos? Um novo projeto solar, que será sediado no distrito português de Castelo Branco, está a ser amplamente contestado tanto pelas associações ambientalistas como pelos próprios municípios. Chama-se Parque Solar Fotovoltaico Sophia e, segundo anunciado no  site da empresa por detrás da iniciativa , a Lightsource bp, o seu objetivo passa por " conciliar a produção de energia renovável com a valorização ambiental do território  e benefícios duradouros para as comunidades locais". Tratar-...

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias