Apesar de Portugal ser o país mais vacinado da Europa, Conselho de Ministros aprovou novas medidas, em vigor a partir de 1 de dezembro, para conter a quinta vaga da pandemia.
Portugal prepara-se para enfrentar a quinta vaga do coronavírus. O Conselho de Ministros aprovou nesta quinta-feira medidas cirúrgicas e que servem de incentivo à testagem e vacinação. As medidas vão entrar em vigor na próxima quarta-feira, 1 de dezembro.
O certificado digital ganha ainda mais importância e haverá uma semana de contenção logo a seguir ao dia de Ano Novo, anunciou o primeiro-ministro, António Costa.
As máscaras passam a ser obrigatórias em todos os espaços fechados, com exceção dos locais determinados pela Direção-Geral da Saúde.
O certificado digital passa a ser obrigatório para aceder a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamentos local, eventos com lugares marcados e ainda a ginásios.
Além do certificado, os testes passam a ser obrigatórios mesmo para quem esteja vacinado em várias circunstâncias:
- visitas aos lares e a pacientes internados em estabelecimentos de saúde;
- grandes eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos cobertos ou ao ar livre;
- acesso a discotecas e a bares;
- entrada em território nacional "seja qual for o ponto de origem e a nacionalidade do passageiro".
Nas entradas em território nacional, as companhias aéreas estarão sob forte escrutínio das autoridades: por cada passageiro que entre em Portugal sem ter sido testado, as companhias aéreas terão de pagar uma coima de 20 mil euros; se a falha repetir-se, as empresas arriscam a verem suspensas as suas licenças no voo.
Nos aeroportos nacionais, além do controlo das forças de segurança, o Governo vai contratar empresas privadas para "verificação sistemática" dos testes. Nos locais haverá mesmo uma "zona reservada para quem tenha sido transportado ilegalmente para Portugal". Se um passageiro tiver de ficar em isolamento no país, as despesas ficarão por conta das companhias de aviação.
Haverá ainda uma semana de contenção de contactos: entre 2 e 9 de janeiro, o teletrabalho será obrigatório, os bares e discotecas estarão encerrados (sendo compensados por isso), creches e escolas estarão encerradas (o segundo período irá começar uma semana mais tarde, dia 10).
"Queremos assegurar que, depois de um período de intenso de contacto de convívio familiar, é preciso evitar contactos em ambiente laboral e escolar", justificou o primeiro-ministro durante a apresentação das medidas.
A realização de autotestes - sempre que for possível - e a adoção do regime de teletrabalho foram recomendadas por António Costa.
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