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Cada aluno custa 6200 euros por ano



 Valor inclui todo o investimento em programas, pessoal e escolas.


O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, intervém na sessão de apresentação das medidas de apoio

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, intervém na sessão de apresentação das medidas de apoio ao emprego e às empresas aprovadas em Conselho de Ministros © MIGUEL A. LOPES/LUSA


Cada aluno custa 6200 euros por ano, segundo contas do Ministério da Educação, que apontam para um aumento da despesa de mais de 30% nos últimos seis anos.


"A despesa por aluno nestes últimos anos tem aumentado muito significativamente", disse, em entrevista à Lusa, o ministro da Educação, sublinhando que se registou nos últimos seis anos um aumento de "mais de 30%".


Segundo contas feitas pelo seu gabinete, em 2015 cada aluno representava um custo anual de menos de 4700 euros, mas este ano o valor médio está "agora nos 6200 euros por aluno por ano": "É um aumento brutal", disse à Lusa Tiago Brandão Rodrigues, numa entrevista que antecede o novo ano letivo, que começa a partir de terça-feira em todo o país.


Nestas contas entram todas as questões pedagógicas e curriculares, assim como o investimento feito na formação de professores e nas escolas, como o edificado, explicou.


O ministro salientou ainda o aumento de recursos humanos feitos nos últimos anos, com mais professores, assistentes técnicos e assistentes operacionais.


No final da semana passada, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) revelou que havia, novamente este ano, uma suborçamentação na despesa efetiva com pessoal do setor da educação.


Questionado sobre o relatório da UTAO, Tiago Brandão Rodrigues começou por garantir que "ninguém ficará com os seus vencimentos por pagar".


"Eu não tive oportunidade de ler o relatório, mas o que lhe posso assegurar - e nunca aconteceu - é que ninguém ficará com os seus vencimentos por pagar", disse, acrescentando que existem dotações centralizadas no Ministério.


Segundo o documento da UTAO, a despesa reflete um grau de execução até julho de 2021 de 59,6% no Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar e que, à semelhança dos anos anteriores, deverá "ser objeto de reforço orçamental ao longo do ano".


Tiago Brandão Rodrigues salientou que o Ministério tem aumentado de "forma muito consistente e coerente" os recursos humanos para que se consigam cumprir os projetos educativos e pedagógicos das escolas.


"Fazemo-lo conscientemente, porque sabemos que temos de ter professores e todos aqueles profissionais que sabemos que são também precursores do sucesso educativo. Os psicólogos, mediadores, todos os assistentes sociais estão nas escolas porque são importantes para que o processo educativo possa acontecer".


Além do reforço de pessoal docente e não docente, referiu o descongelamento das carreiras em 2018 e a consequente subida de escalões: "Tínhamos muitos docentes no 1.º escalão (...) e pouquíssimos no 10.º escalão - os dedos de duas mãos chegavam para os contar".


Segundo o ministro, "agora são largos milhares de docentes que estão no 10.º escalão" e isso "tem consequências também remuneratórias".


"Felizmente as carreiras estão descongeladas. Felizmente os docentes puderam também contabilizar uma parte do tempo em que as carreiras estiveram descongeladas. É importante lutar contra a precariedade", defendeu.


Uma visão que não é partilhada pelos sindicatos que se queixam precisamente da precariedade, baixos salários e dificuldades em subir de escalões, motivos que levaram à marcação de uma greve para a primeira semana de aulas.


Confrontado com esta posição, o ministro disse apenas que "as organizações sindicais fazem o seu trabalho", salientando como "verdadeiramente importante" a concertação.


"Felizmente vivemos em Portugal onde existe o direito à greve. Enquanto trabalhador obviamente terei também a oportunidade, quando sair deste papel, de poder ter direito à greve", concluiu.


As aulas arrancam esta semana para cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º ano de escolaridade.


https://www.dinheirovivo.pt/economia/cada-aluno-custa-6-200-euros-por-ano-um-aumento-de-30-desde-2015--14115594.html


Comentário do Wilson:

Um casal com 2 filhos que opte por um colégio faz com que o Estado poupe 12400 Euros mas o Estado apenas apoia esta família com os mesmos 800 Euros que apoiaria em despesas de Educação se optasse pelo público.

Ou seja, não há incentivo a que a clase média ponha os filhos no privado apesar de o Estado poupar 6200 Euros por ano por cada aluno que está no privado!!!



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