Colossal garante ter 15 milhões de dólares para voltar a dar vida aos mamutes e afirma estar pronta para fazer nascer crias entre quatro e seis anos
Uma startup liderada por um professor da Escola Médica de Harvard e um empresário pretende trazer de volta os extintos mamutes com recurso à tecnologia revolucionária de edição genética. A Colossal, de Ben Lamm e George Church, não quer recriar integralmente os mamutes, mas sim trazer traços genéticos de adaptação ao frio, como as orelhas pequenas e a maior gordura corporal. Com esta informação, a empresa pretende fazer nascer crias entre quatro e seis anos, de uma espécie híbrida e colocá-los nas tundras, onde os mamutes já não andam há mais de dez mil anos.
A startup conta com 19 funcionários, baseados nos EUA, e está a usar os fundos já recolhidos até agora para crescer a equipa. George Church espera ainda que surjam spinoffs da empresa que tirem partido do trabalho e dos avanços na biotecnologia e na genética, lembrando que as técnicas de edição genética têm muitas outras aplicações, além de permitirem evitar a extinção de espécies.
A Colossal quer usar a genética para criar também os úteros artificiais onde serão colocados os embriões que darão origem às crias. A base deste trabalho todo é a tecnologia CRISPR, um avanço notável no campo da edição genética e que abre caminho a muitos projetos deste género.
A estratégia da empresa não passar por criar zoos de espécies extintas ou experiências como a do Parque Jurássico, para turista ver, mas sim manter o foco na preservação das espécies e na proteção da biodiversidade. Outra espécie que a Colossal quer ajudar a recriar é um rinoceronte para ajudar o parente rinoceronte da Sumatra, que está em vias de extinção, noticia a Cnet.
De acordo com alguns investigadores, tentar reavivar as espécies extintas não é uma boa ideia e o dinheiro aí investido seria mais bem empregue se aplicado para proteger as espécies atualmente existentes e que enfrentam perigos. Lamm defende que está a usar fundos privados para este projeto e lembra que os avanços conseguidos podem vir a complementar outros esforços de conservação.
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