Avançar para o conteúdo principal

Sanções dos EUA levam Huawei a vender marca de telemóveis Honor


O grupo chinês de tecnologia Huawei vai vender a sua marca de telemóveis de baixo custo Honor, num esforço para salvar o negócio, face às sanções e bloqueios impostos pelos Estados Unidos, anunciou hoje a empresa.

Sanções dos EUA levam Huawei a vender marca de telemóveis Honor

A medida visa reavivar a Honor, separando-a dos equipamentos de rede da Huawei, empresa que Washington acusa de estar ao serviço da espionagem chinesa, uma acusação que a Huawei nega.

O grupo está sob sanções que bloqueiam o acesso a tecnologia norte-americana, incluindo componentes e programas essenciais para o fabrico e operacionalidade dos telemóveis, incluindo 'chips', semicondutores ou os serviços da Google.

O anúncio da Huawei Technologies Ltd. não inclui detalhes financeiros, mas informou que a empresa não terá mais participação na Honor, assim que o negócio for consumado.

Huawei vai manter a sua marca de telemóveis principal, com o mesmo nome do grupo.

O comprador é uma empresa formada em conjunto por uma empresa de tecnologia que pertence ao governo da cidade de Shenzhen, no sul do país, onde a Huawei tem sede, e um grupo de retalhistas da Honor.

Notícias anteriores sobre uma possível venda fixam o valor do negócio em 100 mil milhões de yuan (12,6 mil milhões de euros).

"A mudança foi feita para garantir a sobrevivência" da Honor, disse em comunicado a Huawei.

O grupo chinês é a primeira marca de tecnologia global da China, mas está no centro da tensão entre Pequim e Washington envolvendo tecnologia, segurança e espionagem.

O Governo de Donald Trump tem pressionado os aliados, incluindo Portugal, para excluírem a Huawei e outros fornecedores das suas redes de telecomunicações.

A Honor, fundada em 2013, é uma das marcas de telemóveis mais vendidas do mundo.

As remessas totais de aparelhos Huawei e Honor caíram 5%, em relação ao ano anterior, no trimestre encerrado em junho, para 55,8 milhões de unidades, de acordo com a consultora Canalys.

As vendas na China aumentaram 8%, mas as vendas para o exterior caíram 27%. As vendas de telemóveis da Huawei fora da China sofreram porque a empresa está impedida de pré-instalar serviços da Google, devido às sanções norte-americanas. 


https://www.noticiasaominuto.com/tech/1628596/sancoes-dos-eua-leva-huawei-a-vender-marca-de-telemoveis-honor

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...