Microsoft: hackers apoiados pela Rússia e pela Coreia atacam farmacêuticas que estão a trabalhar na vacina contra Covid-19
Empresa de Redmond revela que sete farmacêuticas ligadas ao desenvolvimento de vacinas foram atacadas por piratas informáticos da Rússia e da Coreia do Norte
A Microsoft denunciou ataques informáticos levados a cabo por hackers apoiados pela Rússia e pela Coreia do Norte contra farmacêuticas de EUA, Canadá, França, Índia e Coreia do Sul. Um total de sete empresas foram vítimas destes ataques, com a Microsoft a revelar ter conseguido bloquear algumas das tentativas, embora alguns tenham mesmo conseguido furar as defesas. As empresas foram prontamente alertadas pela Microsoft, que recusou tornar públicos os nomes das vítimas.
Segundo os especialistas de Redmond, o grupo conhecido por Strontium, APT28 ou Fancy Bear, com ligações ao governo russo, é um dos responsáveis por estes ataques. O grupo Zinc ou Lazarus e o menos conhecido Cerium, ambos com ligações à Coreia do Norte, são os outros dois responsáveis por estas tentativas de ataque a farmacêuticas. Recorde-se que o Fancy Bear é mais conhecido pelas campanhas de desinformação e por ter interferido nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 e que o Lazarus está associado ao ataque à Sony em 2016 e ao ransomware WannaCry de 2017.
Tom Burt, responsável de confiança e segurança de clientes na Microsoft, considera que “estes ataques são inconscientes e devem ser condenados por toda a sociedade civilizada”.
Por outro lado, Brad Smith, o presidente da empresa, afirma no contexto do Fórum da Paz de Paris que “os líderes mundiais têm de reforçar que a lei internacional protege as instituições de saúde e tomar medidas para aplicar a lei. Acreditamos que a lei deve ser aplicada não só quando os ataques partem de agências governamentais, mas também quando têm origem em grupos criminais que os governos permitem que operem – ou mesmo que facilitem – dentro das suas fronteiras”.
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