Avançar para o conteúdo principal

Apoio de 438 euros para trabalhadores informais e recibos verdes vai ser pago a partir de julho

Este apoio visa “abranger todas as situações que não tem qualquer tipo de proteção” social, disse a ministra do Trabalho e da Segurança Social no Parlamento.

São 438 euros por mês até Dezembro, devendo depois a pessoa ficar vinculada ao sistema” de Segurança Social durante 30 meses.

Rodrigo Antunes/Lusa

A medida extraordinária de apoio a trabalhadores independentes, informais ou em situação de desproteção social vai entrar em vigor a partir de julho. Esta medida tem a duração de seis meses, entre julho e dezembro, com o valor mensal de 438 euros, o equivalente ao valor de um Indexante de Apoio Social (IAS).

“No âmbito do PEES [Plano de Estabilidade Económica e Social] criámos este instrumento especial para abranger todas as situações que estão a descoberto, alias, dispensando condição de recursos e prazos de garantia, precisamente para tentar abranger todas as situações que não tem qualquer tipo de proteção, ou parcial que não chegue ao mínimo de um IAS. Tem enquadramento de suporte financeiro no Orçamento suplementar”, disse a ministra do Trabalho e da Segurança Social hoje no Parlamento.

“O objetivo é ter uma prestação de 438 euros [a partir de] julho. Estamos a preparar todo o sistema para que seja implementado a partir de julho, para que as pessoas possam aceder a partir desta data, e que seja pago até dezembro, devendo depois a pessoa ficar vinculada ao sistema” de Segurança Social durante 30 meses, afirmou Ana Mendes Godinho na audição conjunta das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Trabalho e Segurança Social sobre o Orçamento do Estado retificativo.

A ministra também destacou outros apoios que vão ser implementados para substituir as medidas em vigor para mitigar os efeitos da Covid-19, como o complemento de estabilização que visa um pagamento único de um valor entre 100 e 351 euros em julho. Para os trabalhadores que estiveram em regime de layoff, com corte no salário, e que ganhem até um valor máximo equivalente a dois salários mínimos nacionais: 1.270 euros brutos.

Na sua intervenção no Parlamento, a ministra também anunciou que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) ganhou mais 188 inspetores desde abril de 2020, para um total de 493 inspetores do trabalho. Durante a pandemia, a ACT realizou 8.200 ações inspetivas, num total de 6.600 empresas, abrangendo 188 mil trabalhadores.

O regime de layoff simplificado injetou um total de 580 milhões de euros nas empresas para fazerem face à pandemia da Covid-19, abrangendo 850 mil trabalhadores num total de 105.404 empresas, segundo os dados divulgados ontem pela ministra do Trabalho e da Segurança Social.

Outros apoios para famílias e trabalhadores aprovados durante a pandemia apoiaram 1,222 milhões de pessoas, num universo de 144.464 empresas, num valor total de 778 milhões de euros.

Os dados da Segurança Social também apontam que o apoio excecional às famílias abrangeu 181.723 famílias, com 43 milhões de euros pagos. Já os apoios a trabalhadores independentes e sócios-gerentes abrangeu 165 mil pessoas, com 104 milhões de euros pagos. Por sua vez, a prorrogação automática do subsídio de desemprego e do Rendimento Social de Inserção (RSI) teve 40.435 beneficiários, num valor de 18 milhões.


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Vai ficar tudo mais caro e a culpa é da Inteligência Artificial

  Temos ouvido alguns relatos de que o iPhone vai ficar mais caro, algumas placas gráficas vão ser canceladas, etc… Tudo porque o mundo da produção de chips não tem mãos a medir para o nível de procura atual. Mas, não é só o iPhone, não é só a memória, nem são apenas as placas gráficas.  O impacto da Inteligência Artificial vai chegar a tudo e a todos.  Os preços vão aumentar, e tu vais ter de o pagar. Vai ficar tudo mais caro e a culpa é da Inteligência Artificial Durante anos ouvimos que a inteligência artificial ia mudar o mundo, e aos poucos está de facto a mudar. Hoje em dia as pessoas já pesquisam no senhor Google como antigamente, editam fotos com algoritmos diferentes, e até trabalham lado a lado com chatbots. Mas o que ninguém disse é que, além de nos mudar a vida, também nos vai mudar o bolso. Nos últimos meses, as notícias têm vindo a confirmar o que já se adivinhava:  os preços dos chips e da memória estão a disparar . O motivo? O mesmo de sempre, escasse...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...