Avançar para o conteúdo principal

Ministério da Saúde avança com teleconsultas em casa e baixas por e-mail


Atualmente, existem 2,2 milhões de portugueses com Registos de Saúde Eletrónicos (RSE). Guias de exame sem papel e guias de cuidados de cuidados respiratórios domiciliários sem papel são duas das novidades.

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) está a preparar o lançamento de uma funcionalidadede teleconsulta que permite que o utente possa ser visto por um médico, em regime de teleconsulta, a partir de um computador ou do telemóvel. O novo serviço de teleconsulta foi anunciado, num evento realizado esta terça-feira em Lisboa, como estando disponível «para breve» na área do cidadão do Portal do SNS. A nova funcionalidade vai estar associada ao Registo de Saúde Eletrónico (RSE). E por isso foi batizada de RSE Live.

Outra das novidades de anunciadas pela SPMS é o lançamento da funcionalidade de emissão da baixas on-line e sem papel. Esta funcionalidade será disponibilizada até ao final de setembro na área do cidadão do Portal do SNS e deverá permitir o reencaminhamento por e-mail da baixa, que será emitida pelo médico de família em suporte digital. O que promete agilizar a obtenção de uma cópia da baixa e também apresentação dessa cópia junto das entidades empregadoras.

No que toca à funcionalidade de teleconsulta, a SPMS fez saber ainda que está a preparar, atualmente, os primeiros testes do futuro RSE Live em alguns centros de saúde e hospitais, com o objetivo de identificar principais desafios que terão de ser sanados antes do lançamento da nova funcionalidade de teleconsulta à escala nacional.

A funcionalidade de teleconsulta, que deverá começar por ser disponibilizada no site do SNS e poderá evoluir futuramente para a versão app MySNS Carteira. As teleconsultas foram pensadas para funcionarem como um complemento às consultas convencionais, que poderá ser usada. Segundo os responsáveis da SPMS caberá às unidades clínicas e aos médicos decidirem se solicitam ou propõem aos doentes o recurso às teleconsultas.

Ainda antes da estreia do RSE Live, o processo de digitalização em curso no Ministério da Saúde deverá dar a conhecer mais duas novidades: o lançamento de guias de prestação de exames sem papel, para consulta no RSE (que já estará disponível para os 56 laboratórios de análises e exames médicos que aderiram ao projeto Exames Sem Papel); e ainda guias de cuidados respiratórios domiciliários sem papel, que também serão disponibilizados no RSE de cada cidadão. A primeira destas novidades deverá ficar disponível até ao final da semana; enquanto a segunda deverá ficar operacional no final do mês.

À margem do evento de apresentação das novidades do RSE, Henrique Martins, presidente da SPMS, fez saber que, atualmente, haverá mais de 2,2 milhões de pessoas que aderiram aos repositórios de dados clínicos em suporte digital do RSE. O número de acessos diários diminuiu depois de, em maio, a Área do Cidadão do Portal do SNS, em que se encontra o RSE, se tornar o primeiro serviço da Administração Pública a ficar protegido com autenticação forte. O responsável pela SPMS acredita que o número de acessos diários deverá ser recuperado nos tempos mais próximos.

«A Área do Cidadão do Portal do SNS não é um portal de transações obrigatórias. Se fosse provavelmente já teríamos um maior número de aderentes (ao RSE)», recordou o presidente da SPMS, quando questionado sobre a adesão dos portugueses aos repositórios digitais que o Ministério da Saúde disponibiliza aos portugueses para guardarem exames, análises, consultas e diferentes atos médicos que vão realizando ao longo da vida.

Henrique Martins não esconde a ambição de aumentar o número de aderentes ao RSE, mas recorda que essa expectativa, apesar de permitir um histórico clínico pessoal que pode ser consultado por qualquer médico autorizado, está dependente da iniciativa individual de cada utente. «Poderia fazer sentido criar benefícios para as pessoas que aderem ao RSE, mas nesse caso estaríamos a fomentar ainda mais o dividendo digital face às pessoas que não usam o RSE», conclui o responsável da SPMS.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2019-09-10-Ministerio-da-Saude-avanca-com-teleconsultas-em-casa-e-baixas-por-e-mail

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...