Avançar para o conteúdo principal

Titulares de cargos públicos russos acusam Putin de traição por invasão


Foto: Gavriil Grigorov / AFP


 Um grupo de deputados municipais russos entregou esta quinta-feira na Câmara de Deputados (Duma) uma petição para que acuse de alta traição o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, por iniciar uma guerra na Ucrânia.


"Consideramos que a decisão do Presidente Putin sobre o início da operação militar especial prejudica a segurança da Rússia e dos seus cidadãos", lê-se na petição apresentada pelos deputados da assembleia municipal de Smolninskoye, cidade natal de Putin, pertencente ao distrito de São Petersburgo.


Segundo o diário digital Meduza, o objetivo da petição é que Putin seja deposto do cargo que ocupa na liderança do Kremlin, onde chegou em 2000 e, nos termos da revisão constitucional que entretanto insistiu que fosse feita para retirar o limite de mandatos presidenciais consecutivos, poderá ficar até 2036, ano em que completará 84 anos.


"Na nossa opinião, com o começo da operação militar especial no território da Ucrânia, há, nas ações do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, indícios de um crime previsto no artigo 73.º da Constituição da Federação Russa, alta traição", sustentam.


De acordo com a petição, desde o início das hostilidades estão a morrer cidadãos russos, a economia nacional degradou-se e está a registar-se uma fuga de investidores e de cérebros do país.


Além disso, ocorrerá um alargamento da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) a leste e, devido à decisão do Presidente, a fronteira entre a Rússia e a Aliança Atlântica duplicou de tamanho, com a entrada da Finlândia e da Suécia.


A intervenção militar russa também provocou o efeito contrário à desmilitarização do país vizinho - objetivo inicialmente apresentado por Putin como um dos propósitos desta "operação militar especial" -, com o fornecimento ocidental à Ucrânia de armamento no valor de 38 mil milhões de dólares (38.120 milhões de euros).


A petição foi apoiada pela "maioria dos deputados presentes", indicou um dos signatários, Dmitri Paliuga, que não precisou o respetivo número. Segundo uma sondagem divulgada esta semana, cerca de 70% dos russos apoia em maior ou menor grau a campanha militar da Rússia na Ucrânia, à qual se opõe cerca de 18% da população.


Titulares de cargos públicos russos acusam Putin de traição por invasão (jn.pt)


Titulares de cargos públicos russos acusam Putin de traição por invasão - SIC Notícias (sicnoticias.pt)


Comentário do Wilson:

Se esta notícia não fosse publicada pela SIC e pelo Jornal de Notícias ou hoje fosse 1 de Abril acharia que seria uma FakeNews, assim é uma esperança que algo mude.


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

"Bolsa tem risco, depósitos têm certeza de perda"

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.  É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“. As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais portu...