Avançar para o conteúdo principal

Revolut sofre ciberataque e dados de 50 mil clientes ficam expostos



 Fintech deu pelo ataque informático a 10 de setembro. Garante tê-lo resolvido logo no dia seguinte. Pede desculpa e diz continuar a ser uma plataforma segura.



José Varela Rodrigues


A Revolut foi alvo de um ataque informático, confirmou um porta-voz da fintech com sede em Londres ao site Techcrunch. O Dinheiro Vivo também já confirmou a intrusão junto de fonte oficial da empresa. O ciberataque foi identificado a 10 de setembro e terá exposto os dados de cerca de 50 mil clientes.


De acordo com a fintech criada por Nikolay Storonsky e Vlad Yatsenko, uma entidade não autorizada concretizou um "ataque direcionado", conseguindo ter acesso aos dados de "uma pequena percentagem (0,16%) dos clientes".


A resposta de fonte oficial, enviada à redação por e-mail, não foi mais precisa que isto. No entanto, segundo o TechCrunch, a empresa já informou as autoridades da Lituânia, país onde a atividade bancária da Revolut está registada, tendo informado sobre uma intrusão não autorizada a cerca de 50 mil clientes da Revolut (incluindo mais de 21 mil clientes são da União Europeia).


O Dinheiro Vivo questionou a Revolut se entre os clientes afetados há portugueses (ou clientes registados em Portugal), mas a fintech rejeita revelar esse tipo de informação específica.


Fonte oficial refere que o acesso indevido aos dados dos clientes ocorreu "por um curto período de tempo". A empresa considera ter neutralizado o ataque informático logo no dia seguinte à identificação do mesmo.


"Identificámos e isolámos imediatamente o ataque para limitar efetivamente o seu impacto e entramos em contacto com os clientes afetados", acrescenta fonte oficial. Todos os clientes afetados já terão sido contactados.


A Revolut garante, ainda, que quem não recebeu qualquer e-mail da fintech, alertando para o sucedido, é porque "não foi afetado", ou seja, não ficou com os dados pessoais expostos. A mesma fonte assevera que não houve acesso ou roubo a "quaisquer fundos" registados na fintech.


"O dinheiro dos nossos clientes está seguro - como sempre esteve", afirma fonte oficial, considerando que a plataforma da Revolut está a funcionar corretamente e, por isso, os clientes "podem continuar a usar os seus cartões e contas normalmente".


"Levamos incidentes como este verdadeiramente a sério e gostaríamos de pedir sinceras desculpas a todos os clientes que foram afetados, a segurança dos nossos clientes e os seus dados são a principal prioridade da Revolut", conclui.


Revolut sofre ciberataque e dados de 50 mil clientes ficam expostos (dinheirovivo.pt)


Comentário do Wilson:

Ficamos sem saber se Revolut agradecei e recompensou os hackers pela descoberta desta vulnerabilidade ou se iremos ter publicados os dados desses 50 mil clientes?

Os hackers não trabalham de graça, a função deles é encontrar vulnerabilidades e comunicá-las à entidade esperando em troca uma recompensa.

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...