Plataformas de entregas não podem cobrar mais de 20% de comissão aos restaurantes. Esta situação pode diminuir o alcance do serviço junto dos consumidores.
Estafeta da Uber Eats, na Alameda das Antas no Porto (José Carmo / Global Imagens)
Estafeta da Uber Eats, na Alameda das Antas no Porto (José Carmo / Global Imagens) © José Carmo / Global Imagens
Os consumidores vão ser os mais penalizados pelo prolongamento dos limites às comissões cobradas pelas plataformas de entrega aos restaurantes. Este é o comentário da Uber Eats em relação à medida do estado de emergência que determina um teto máximo de 20% para o montante cobrados aos restaurantes e à proibição de aumentar a taxa cobrada aos consumidores.
A medida terá efeitos entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro.
"Nas últimas duas semanas, implementámos algumas mudanças para continuarmos a oferecer um serviço fiável aos nossos utilizadores e parceiros. Com a renovação do estado de emergência e das limitações, seremos forçados a fazer mudanças operacionais mais significativas que vão mais uma vez prejudicar quem mais queremos apoiar: utilizadores, parceiros de entrega e restaurantes", adiantou fonte oficial da empresa esta sexta-feira.
Limitar as comissões cobradas deverá levar a uma menor publicidade dos restaurantes dentro da aplicação assim como haverá uma redução do raio de cobertura das entregas. Só assim é que será possível assegurar rendimentos aos estafetas que colaboram com a plataforma.
No anterior estado de emergência, iniciado em 16 de janeiro, a Uber Eats já tinha criticado a introdução destas limitações. A medida visava limitar os custos dos restaurantes e cafés, que, face ao encerramento dos espaços determinado pelo segundo confinamento, têm apenas o takeaway e as entregas em casa como canal de vendas.
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