Avançar para o conteúdo principal

Lisa Montgomery já recebeu a injeção letal — é a primeira mulher executada nos EUA por via federal em quase 70 anos


A reclusa foi executada por ter matado uma mulher grávida, roubando-lhe o bebé que tinha na barriga. O tribunal recusou mais um adiamento, depois de 12 anos no corredor da morte.


 Lisa Montgomery foi executada esta quarta-feira, no Indiana, depois de 12 anos no “corredor da morte”, tornando-se assim na primeira mulher executada por decisão federal nos EUA desde a década de 50. Desde 1984, já foram executadas outras 16 mulheres nos EUA, incluindo uma reclusa em 2002, mas apenas por decisão estadual, segundo o New York Times.


O Supremo Tribunal não aceitou mais pedidos de adiamento por parte dos advogados da reclusa, numa decisão que não foi unânime — três juízes liberais preferiam conceder mais um adiamento, de acordo com o Washington Post.


O advogado de Lisa Montgomery tentou convencer o tribunal de que a reclusa estava demasiado doente mentalmente para que percebesse sequer a sentença que lhe tinha sido determinada, uma situação que é protegida pela Constituição americana, segundo o advogado. Deixa, por isso, críticas à administração Trump por ter forçado esta execução, garantindo que “viola a Constituição, a lei federal, os seus próprios regulamentos e normas de longa data”.


Alguns dias de adiamento poderiam ter feito a diferença, tendo em conta que Joe Biden se opõe à pena de morte. A administração Trump, pelo contrário, voltou a executar prisioneiros em 2020, pela primeira vez desde 2003. Lisa Montgomery é a nona execução desde julho mas, se forem contabilizadas apenas mulheres, a última vez que tinha acontecido por via federal foi em 1953.


Lisa Montgomery recebeu a sentença em 2007, depois de ter estrangulado uma grávida de oito meses, cortando-lhe a barriga para roubar o bebé, que sobreviveu. Os psiquiatras ouvidos no julgamento garantem que a mulher desenvolveu uma doença mental grave depois de vários anos de agressões violentas dos pais e de abusos sexuais sistemáticos.


Artigo corrigido às 16h40, explicando que Lisa Montgomery foi primeira reclusa executada em sete décadas por via federal.


https://observador.pt/2021/01/13/lisa-montgomery-ja-recebeu-a-injecao-letal-e-a-primeira-mulher-executada-nos-eua-em-quase-70-anos/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Paguei 61€ por 350 quilómetros de autonomia - Mais caro que gasolina!

  Se há coisa que começo a detestar enquanto testo carros elétricos no meu dia-a-dia, é mesmo o facto de ser impossível perceber o que se vai pagar em cada posto, por muitas contas e simulações que se tente fazer. Aliás, há alguns meses atrás, já contei a história que na minha terra (Salvaterra de Magos), o mesmíssimo posto da terra ao lado (Benavente), é 1 cêntimo mais caro por minuto. O mesmo posto, a mesma energia e potência (11kW), e por isso o mesmo tempo de carregamento.  É mais caro, só porque sim. Até porque o munícipio “ofereceu” o terreno para o carregador. Tal e qual como na terra ao lado. Isto é algo que se repete em todo o lado, e que apesar de estar melhor, ainda é um problema sério para quem apenas quer carregar o seu veículo elétrico para evitar ficar a pé. 61€? Como? Pois bem, há pouco tempo andei a testar um Polestar 3, que tem uma bateria de grandes dimensões (100kWh). Fui dar uma volta a Lisboa para aproveitar as campanhas de Black Friday, e claro, decidi d...