Num processo que conheceu várias reviravoltas nos últimos dias, a Bolsa de Nova Iorque anunciou ontem que irá remover três operadoras chinesas, acusadas por Donald Trump de terem ligações com o regime de Pequim
Os responsáveis da New York Stock Exchange (NYSE) confirmaram que avançam com a remoção de três operadoras chinesas de telecomunicações do índice, num processo que nos últimos dias conheceu várias reviravoltas. A decisão mais recente surge um dia depois de o Secretário do Tesouro Steve Mnuchin ter dito aos responsáveis da NYSE que não concordava com a decisão anterior de manter as operadoras cotadas. A retirada das três empresas surge num momento em que as tensões em Washington sobre a política em relação à China sobem de tom.
A NYSE tinha anunciado os planos para remover a China Mobile Ltd, a China Telecom Corp Ltd e a China Unicom Hong Kong Ltd na quinta-feira passada. Na segunda-feira, dia 4, anunciou que após revisão com as autoridades políticas dos EUA iria manter afinal as empresas. Dois dias depois, é anunciada a intenção de as remover, voltando-se ao plano original. A remoção deve acontecer a 11 de janeiro. Fontes próximas confirmam à Reuters que a inversão mais recente aconteceu depois do Secretário Mnuchin ter telefonado à presidente da NYSE Stacey Cunningham a expressar preocupações com o facto de que as empresas se iriam manter cotadas em Bolsa.
Estes avanços e recuos fizeram com que o valor das ações tivesse subido e descido bastante nos últimos dias.
O índice S&P Dow Jones anunciou a retirada destas três empresas, também depois de várias reviravoltas nos últimos dias. Por outro lado, no FTSE Russell e MSCI Inc as três operadoras vão manter-se, mas serão removidas cerca de dez outras firmas chinesas.
Comentários
Enviar um comentário