Avançar para o conteúdo principal

Sabia que já há um carro elétrico com quatro lugares e que custa apenas 3750 euros?

Por várias vezes dissemos que num futuro próximo, a experiência de comprar um carro elétrico será muito parecida ao que temos hoje quando compramos um smartphone. Os preços e as mecânicas deste segmento não são complexas e a grande oferta obrigará o mercado a adaptar-se. Assim, poderá já não surpreender que um automóvel elétrico de 4 lugares possa estar à venda por cerca de 3750 euros.

O Wuling Hongguang MINI está à venda na China e poderá ser um rastilho para mudar certos conceitos ainda enraizados noutros continentes.

Imagem do carro elétrico Wuling Hongguang MINI já à venda na China

Mercado automóvel chinês já imita o mercado dos smartphones

Claro que as regras na Europa e noutros continentes são diferentes das regras que a China impõe. Contudo, tal como temos visto, o facto de marcas europeias e americanas estarem a invadir o mercado automóvel chinês poderá ter um preço.

O mercado chinês continua a expandir a sua oferta de carros elétricos. Temos visto grandes marcas, concorrentes das melhores ocidentais, mas também estão a aparecer os compactos e pequenos utilitários. Assim, dentro de uma oferta diversificada, os preços começam a baixar e são cada vez mais competitivos.

Um caso que espelha esta dinâmica automóvel é o recente lançamento da marca de propriedade da gigante chinesa SAIC e da norte-americana General Motors, que lançaram um pequeno carro elétrico económico. O Wuling Hongguang MINI.

Para podermos enquadrar este veículo num futuro mercado mais amplo, convém referir que a SAIC-GM-Wuling Automobile é uma joint-venture entre a General Motors e a Shanghai Automotive Industry Corporation. Esta nova empresa comercializa veículos sob a marca Wuling especialmente no interior da China.

 

Carro elétrico Wuling Hongguang MINI tem um design cuidado

Provavelmente, saltou-lhe à ideia que estaríamos perante um carro baralho, porque tem materiais fracos e um descuido na forma de o fabricar. Então deixe dizer-lhe que está enganado. Aliás, a primeira coisa que chama a atenção de Wuling é seu design cuidadoso.

Na verdade, este elétrico não parece o modelo clássico de baixo custo com muitos elementos para melhorar do lado de fora. Uma abordagem que toma como referência a ideia dos carros Kei japoneses, onde o espaço interior é maximizado, num modelo com três portas, quatro assentos, mas apenas 2,9 metros de comprimento. Este é um carro ideal para as ruas das cidades.

Tal como um qualquer utilitário, se o condutor rebater os bancos traseiros, então o modelo passa a dois lugares, mas ganha uma capacidade de carga que chega aos 740 litros. Portanto, se a ideia for ter um carro de trabalho urbano de transporte de mercadorias, até este pode ser uma opção.

Os acabamentos, segundo é referido, são de qualidade razoável. Ombreiam até com carros que têm preços 5 ou 6 vezes mais elevados. O interior é simples, elegante e com toques modernos na conceção do espaço do habitáculo. Luzes LED marcam o visual exterior e o mostrador digital dá o toque de modernidade ao interior.

 

Características, preço e disponibilidade

Passando para a parte mecânica, o Wuling Hongguang tem um motor simples de 20 kW (27 cv) que lhe permite atingir uma velocidade máxima de 100 km/h. A bateria é um pack de 13,8 kWh que, segundo o fabricante, lhe permite atingir um alcance de 170 km no ciclo NEDC. Algo que significará cerca de 130 km sob o ciclo WLTP.

Claro que não estamos a falar num carro para grandes aventuras. Mas quantas pessoas dentro das cidades, por dia, fazem mais de 100 km?

Se lhe despertou o interesse, saiba que não estamos a falar de um veículo protótipo. Segundo a marca, o Wuling Hongguang MINI já está à venda na China. Os interessados podem comprar uma unidade por apenas 29 800 yuan, que numa conversão livre deverá rondar os 3 752 euros.

A empresa refere que este carro elétrico estará disponível para entrega já a partir deste mês de junho. Portanto, com o conforto que a marca diz ter, o desempenho assinalado e o preço a pagar por ele, sem dúvida que é uma pechincha, o chamado negócio da China.

https://pplware.sapo.pt/motores/sabia-que-ja-ha-um-carro-eletrico-com-quatro-lugares-e-que-custa-apenas-3750-euros/


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...