O ultimato do Constitucional alemão levou os juros a dez anos para 1%, em vésperas de leilões de dívida
O mercado da dívida não consegue ficar tranquilo e regressar ao ambiente de juros em mínimos por onde navegou grande parte de 2019 e início de 2020, permitindo ao Tesouro português financiar a emissão de nova dívida num mínimo histórico de 0,4%. Esta semana entrou um novo ‘cisne negro’ no mercado e as taxas das obrigações portuguesas a dez anos, que servem de referência, voltaram a namorar o limiar de 1% (ver gráfico). O comportamento destes juros no mercado secundário vai ser importante, pois Portugal vai regressar na próxima semana com novos leilões de obrigações. Da última vez, em abril, pagou muito mais e colocou menos do que em operações anteriores.
A culpa da agitação do mercado, desta vez, foi do ultimato de três meses lançado ao Banco Central Europeu (BCE) pelos juízes do Tribunal Constitucional alemão (ver P&R). A sentença caiu como uma bomba e provocou uma nova mudança de trajetória nos juros das obrigações sobretudo dos periféricos do euro.
https://expresso.pt/economia/2020-05-09-Juizes-germanicos-abrem-guerra-ao-BCE.-Juros-ja-estao-a-subir
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