Avançar para o conteúdo principal

Nissan abandona Europa e aposta nos EUA e China


O plano para os próximos três anos vai apenas ser revelado a 28 de Maio, mas a Reuters avança que a Nissan está a pensar retirar-se da Europa e apostar tudo nos Estados Unidos da América e China.

A Nissan está numa situação complicada e os seus responsáveis delinearam um programa, que denominaram Plano de Desempenho Operacional, destinado a reduzir custos e, por tabela, a produção de veículos, levando aquele que é o terceiro maior fabricante japonês (em valor e segundo em produção) a concentrar-se nos mercados que lhe podem potenciar os lucros, sem fazer disparar os investimentos. Apesar do plano ser revelado apenas a 28 de Maio, a Reuters avança que se espera uma retirada da Europa e um foco determinado nos EUA, na China e no Japão.

De acordo com as fontes da agência noticiosa, não se espera apenas um corte de custos, mas sim uma racionalização das operações, preparando as bases para o futuro. Para o conseguir, a estratégia passa por incrementar a cooperação com as outras duas marcas da Aliança, respectivamente a Renault (que detém 43,4% da Nissan) e a Mitsubishi, o que permitirá reduzir os investimentos em investigação e desenvolvimento.

Igualmente com o propósito de baixar custos, a Nissan deverá iniciar uma redução da presença no mercado europeu, evitando concorrer com a Renault, concentrando-se nos SUV como o Juke e o Qashqai, com recurso à tecnologia híbrida plug-in da Mitsubishi. Se a palavra de ordem para a Europa é desinvestimento, segundo a Reuters, já o mesmo não acontece em relação aos EUA e à China, além do mercado doméstico japonês.

Em termos de capacidade de produção, a Nissan, que já fabricou 7 milhões de unidades, pretende agora cortar para cerca de 5,5 milhões. Isto volta a alimentar as suspeitas, a que também a Reuters deu eco em Outubro, que duas das fábricas da Nissan, em Espanha e no Reino Unido, poderiam ser vendidas.

A Nissan continua a apontar Carlos Ghosn como o responsável por todos os males que a afligem. Isto apesar de os lucros operacionais da empresa oscilarem entre 793 e 574 mil milhões de yenes, com margens operacionais entre 6,5% e 4,8%, enquanto o ex- CEO (e depois chairman) esteve à frente da marca. No primeiro semestre de 2018, antes de Ghosn ter sido preso no Japão, os lucros operacionais eram de 210,3 mil milhões de yenes, tendo descido para apenas 107,9 mil milhões no segundo semestre, já com os japoneses ao leme, com a margens operacionais a caírem para 2,7%. Desempenho que piorou ainda mais no primeiro semestre de 2019 (de Março a Setembro, pois o ano fiscal da Nissan arranca em Março), com os lucros operacionais a tombarem para 31,6 mil milhões e a margem operacional para 0,6%.

https://observador.pt/2020/05/10/nissan-abandona-europa-e-aposta-nos-eua-e-china/

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

5 dicas para optimizar um PC com Windows 11 para jogos

  ©Alex Haney Optimize a sua experiência de jogo no Windows 11 com estas 5 configurações fáceis de fazer. Se usa um PC com Windows 11 para jogar, pode alterar várias definições e funcionalidades que pode ligar ou desligar para obter um melhor desempenho. Primeiro, é recomendável desligar as funcionalidades de Integridade da Memória e Plataforma de Virtualização, uma vez que a Microsoft já notou que, apesar de terem sido concebidas para melhorar a segurança, podem reduzir o desempenho dos jogos. Muitas vezes, instalamos muitas aplicações, e algumas são executadas em segundo plano sempre que o computador arranca, desperdiçando recursos do sistema. Se desligar estas aplicações, pode libertar memória e processador, dando aos seus jogos mais “espaço para respirar”. Se o seu dispositivo o suportar, ligar a Taxa de Actualização Variável (VRR) ajuda a melhorar o aspecto dos jogos, principalmente se forem daqueles em que há acção intensa no ecrã. Por último, as actualizações de drivers, ou ...