Avançar para o conteúdo principal

Férias? É permitido ir à praia mas não à piscina


“Vá para fora cá dentro” - nunca este slogan fez tanto sentido. Agora não se trata só de promoção do turismo português, mas também de uma necessidade. Veja tudo o que pode e não pode fazer nestas férias de Verão.

Posso fazer férias fora da minha zona de residência?

Sim, as restrições à circulação existiram, apenas, durante o estado de emergência e em períodos específicos relacionados com os fins-de-semana prolongados e as chamadas “pontes” perto da Páscoa e do 1 de Maio, dia do Trabalhador.

Posso fazer uma reserva num Hotel ou outro alojamento?

Sim, pode. Os hotéis não foram obrigados a encerrar no âmbito das restrições impostas pelo estado de emergência. No entanto, com a necessidade de isolamento social, muitas unidades optaram por fechar, devido à quebra na procura ou mesmo inexistência de clientes. De acordo com Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), cerca de 75% das empresas associadas fecharam: dois terços na área do alojamento turístico e 30% na restauração.

Como saber se o Hotel ou alojamento cumpre as regras de higiene e segurança exigidas pela pandemia?

O Turismo de Portugal lançou o selo “Clean & Safe” com o objetivo de “distinguir as actividades turísticas que asseguram o cumprimento de requisitos de higiene e limpeza para prevenção e controlo da covid-19 e de outras eventuais infecções”. No entanto, se a unidade ou alojamento não tiver este selo isso não significa, necessariamente, que não seja segura ou não cumpra os requisitos de higiene. Procure marcas que já conhece e nas quais confia e informe-se sobre todos os cuidados que o espaço está a ter antes de fazer uma reserva.

Posso fazer férias num parque de campismo?

Para já, não. Ainda não há data prevista de abertura para parques de campismo.

Já posso ir à praia?

Sim, pode ir à praia, estender a toalha na areia e dar um mergulho no mar. Apesar da época balnear só abrir a 6 de junho, a resolução do Conselho de Ministros, publicada no dia 17, é clara ao permitir “deslocações para efeitos de fruição de momentos ao ar livre, designadamente em parques, nas marginais, em calçadões, nas praias, mesmo que para banhos, ou similares”. No entanto, deve manter a distância de segurança e todos os cuidados de higiene.

O que muda com a abertura da época balnear a 6 de junho?

Basicamente, a partir de 6 de junho, aumentam as restrições. Vai existir sintética a indicar se a praia está com ocupação baixa, elevada ou plena, que poderá consultar perto das praias ou, idealmente, antes de sair de casa, através da aplicação Info Praia, criada para o efeito. Terá de manter uma distância de 1,5 metros das outras pessoas e 3 metros entre chapéus de sol. Os toldos, colmos ou barracas só poderão ser alugados da parte da manhã ou da parte da tarde para dar hipótese a toda a gente de usufruir do espaço.

Aumenta também a fiscalização tanto por parte da Polícia como dos nadadores-salvadores.

Como saber tudo o que posso ou não posso fazer na praia?

Pode consultar aqui algumas das respostas às perguntas frequentes realizadas pelo Serviço Nacional de Saúde ou consultar o manual de regras para as praias criado pelo Governo.

Também posso ir à piscina?

Não, se se tratar de uma piscina pública ou municipal. Só poderá fazê-lo se for a piscina da sua casa ou do alojamento onde estiver. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o cloro existente na água das piscinas é suficiente para eliminar o vírus, não existindo, por isso, risco de propagação. No entanto, as piscinas, ginásios ou spas ainda não têm data prevista de abertura, uma vez que o que está em causa, na maior parte dos casos, é a limpeza e condições de segurança nos espaços de utilização comum.

Posso ir a uma esplanada, almoçar ou jantar fora?

Sim. As esplanadas e restaurantes abriram a 18 de maio e podem funcionar até às 23 horas, desde que cumpram as normas de higiene e segurança. Lembre-se que, para entrar num espaço público fechado, tem de utilizar máscara e respeitar as normas de distanciamento social e etiqueta respiratória.

Posso ir ao cinema, teatro ou assistir a um espetáculo?

Sim, mas só a partir do dia 1 de junho. No entanto, dada a contestação existente no setor da Cultura ainda não se sabe ao certo quais os espaços que vão abrir nem em que circunstâncias.

Posso ir a um bar ou discoteca?

Não. Apesar das reclamações do setor, não há data prevista para bares e discotecas poderem reabrir.

Posso viajar para o estrangeiro?

Dificilmente. Segundo a informação disponibilizada no portal oficial Covid-19 Estamos On, as fronteiras aéreas, ou seja, as viagens de avião para Itália estiveram encerradas até 20 de maio. No entanto, depois desta data e até ao dia 15 de junho mantém-se várias restrições nos voos de fora e para fora da União Europeia. As fronteiras terrestres com Espanha também vão continuar fechadas até 15 de junho e o prazo pode ser prorrogado, em função da evolução da pandemia.

Como saber o que posso fazer mais durante as férias?

Existe uma agenda prevista com datas para a reabertura da economia e o regresso a uma “nova normalidade” que pode consultar neste artigo ou no plano de desconfinamento do Governo.

Artigo: A nova ‘normalidade’: 35 respostas às suas dúvidas:
https://www.contasconnosco.pt/artigo/a-nova-normalidade

plano de desconfinamento do Governo:
https://covid19estamoson.gov.pt/plano-desconfinamento-medidas-gerais/desconfinamento-calendario/

https://www.contasconnosco.pt/artigo/ferias-sim-mas-por-ca

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Bruxelas obriga governo a acabar com os descontos no ISP

 Comissão Europeia recomendou o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis. “Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos”, afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou esta quinta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa. O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido “o único reparo” que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido "ajusta...