Avançar para o conteúdo principal

Há condomínios que já estão a pedir o fecho de alojamentos locais


 © Unsplash


 Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que impede o alojamento local em prédios de habitação, criou ambiente de insegurança, diz o presidente da associação do setor, embora não acredite numa grande repercussão.


Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça já está a fazer mexer condomínios


Depois de, há cerca de um mês, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ter travado o alojamento local em prédios de habitação, já existem condomínios a notificar condóminos proprietários de alojamentos locais para encerrarem os seus negócios.


A notícia é avançada pelo jornal Eco, que falou com dois proprietários de alojamento local em Mafra e no Algarve, que relatam casos idênticos. No caso de Mafra, mal saiu o acórdão do STJ, o proprietário recebeu um email do condomínio a dizer que estava proibido de alugar a sua casa. Na situação do Algarve, e após uma reunião de condomínio, foi comunicado que não iriam ser aceites novos alojamentos locais no prédio, mas quanto aos existentes esperar-se-ia por novas leis.


Ao Eco, a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) revela ter conhecimento de outras situações semelhantes, mas que são pontuais. O presidente da ALEP, Eduardo Miranda, refere que os condomínios viram as notícias e começaram a enviar cartas aos proprietários de alojamentos locais "sem perceberem muito bem" o que estava a ser divulgado.


A consultora Raquel Ribeiro Correia, ouvida pelo Eco, explica que perante a lei os proprietários não têm de encerrar o seu negócio, uma vez que estas comunicações não têm efeito automático, do ponto de vista da lei. E esclarece que estas notificações são "uma antecâmara do ponto de vista judicial" e "funciona como um ato preparatório de um processo judicial", o que quer dizer que para encerrar os alojamentos locais, o condomínio terá de avançar com um processo em tribunal. E, conforme frisa a consultora, "aos olhos dos nossos tribunais, essa atividade [alojamento local] é agora ilegal".


Por seu lado Eduardo Miranda não acredita que este acórdão "vá ter essa repercussão", tendo até já referido anteriormente ao Eco que "são poucos os casos que hoje chegam a tribunal porque têm custos elevados, são morosos e o condomínio tem uma via mais fácil de fazer oposição". No entanto ressalva que o acórdão pode vir a causar algum receio no investimento e que criou um "ambiente de insegurança desnecessário" .


Há condomínios que já estão a pedir o fecho de alojamentos locais (dinheirovivo.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Quanto custou o perdão presidencial do fundador da Binance?

  O perdão presidencial de CZ, fundador da Binance, foi concedido por Donald Trump na quinta-feira, 23 de outubro, após uma campanha de lobby que custou US$ 860.000 à exchange de criptomoedas. A decisão encerra a condenação de Changpeng Zhao por violações das leis antilavagem de dinheiro nos Estados Unidos, crime pelo qual ele cumpriu quase quatro meses de prisão em 2024 e pagou US$ 50 milhões em multas. O mercado reagiu imediatamente ao anúncio, com o BNB, token nativo da Binance, subindo para US$ 1.173,08 no momento da redação deste artigo, consolidando sua posição como a quarta maior criptomoeda por capitalização de mercado, segundo o CoinGecko.  Em novembro de 2023, CZ se declarou culpado por violações das leis antilavagem de dinheiro dos Estados Unidos. Como parte do acordo judicial, ele renunciou ao cargo de CEO da Binance e cumpriu quase quatro meses de prisão em 2024. Além disso, CZ pagou uma multa pessoal de US$ 50 milhões, enquanto a Binance foi multada em impression...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...