Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles © Direitos Reservados
Todos os anos, não há um filme de Hollywood que não tenha o dedinho (ou, neste caso, o ouvido) da startup portuguesa Sound Particles. A empresa, fundada por Nuno Fonseca em 2017, em Leiria, tem dezenas de produções de Hollywood no currículo como Ready Player One de Spielberg ou o mais recente Dune – e a lista tem ainda vários jogos.
Estes 2.5 milhões de capital angariado vai permitir à startup portuguesa dedicada à tecnologia do áudio lançar um marketplace de sons e uma experiência imersiva para headphones e metaverso.
Mariana Coelho Dias
A startup portuguesa com software de áudio 3D, Sound Particles, acaba de anunciar uma nova ronda de investimento seed no valor de 2,5 milhões de euros, coliderada pela Indico Capital Partners e Iberis, e com participação do Fundo 200M, para lançar um "marketplace de sons e uma experiência imersiva de som para headphones e no metaverso", pode ler-se na nota enviada à comunicação social.
Desde 2016, a empresa fundada em Leiria tem captado a atenção internacional com a sua tecnologia que possibilita a criação de ambientes sonoros mais complexos e acelera o ritmo de trabalho dos engenheiros de som, tendo estado por detrás do Oscar de Melhor Som atribuído ao filme "Dune". Atualmente, o software da Sound Particles é utilizado em diversas produções cinematográficas como "Game of Thrones", "Star Wars" e "Frozen", e ainda em videojogos como "Fortnite".
"A Sound Particles foi a primeira startup em que a Indico investiu, numa ronda pre-seed de 400 mil euros em 2019. Estamos muito satisfeitos, enquanto primeiros investidores, por ver a empresa atingir os seus objetivos e a desenvolver-se no mercado internacional, tendo não só uma tecnologia revolucionária, mas também uma equipa de gestão e desenvolvimento de produto robusta. Há ainda muito espaço para crescer, usando a mesma tecnologia, particularmente no que toca a headphones e ao metaverso", refere Stephan Morais, presidente da Indico Capital, citado em comunicado.
João Henriques, partner da Iberis, explica que o principal motivo para o fundo ter investido na empresa foi o facto de esta ter desenvolvido uma tecnologia única, de "cariz revolucionário", capaz de ser reconhecida pelos maiores nomes da indústria. "Temos muito orgulho em apoiar uma empresa que continua a inovar em novas verticais e a apostar em novos mercados e negócios", afirma o responsável.
Já Beatriz Freitas, CEO do Banco Português de Fomento, a entidade gestora do Fundo 200M, afirma: "a Sound Particles e a equipa liderada por Nuno Fonseca representam o talento e o dinamismo que existe no ecossistema empreendedor português. É, por isso, com grande entusiasmo que o Fundo 200M apoia este projeto, que está a revolucionar o software áudio e a ganhar destaque internacional, num mercado tão competitivo como o da produção cinematográfica. Com este investimento, o BPF dá mais um contributo importante de apoio e reforço da competitividade das startups portuguesas".
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