Avançar para o conteúdo principal

Fiscalidade compromete talento



 OCDE divulgou o relatório anual "Taxing Wages 2022", que demonstra, mais uma vez, a elevada carga fiscal em Portugal sobre as famílias e as empresas.


A carga fiscal sobre o trabalho, avaliada pelo IRS e contribuições sociais de empregados e empregadores em proporção do custo do trabalho (isto é, do salário bruto mais contribuições sociais dos empregadores) subiu pelo terceiro ano consecutivo. Em 2021, Portugal surge na 10.ª posição entre os 38 países da OCDE, com 41,8%, um quinto acima da média da OCDE (34,6%), para a situação de um trabalhador solteiro sem filhos e com uma remuneração média.


A dinâmica deste indicador mostra que a maior subida ocorreu no período da troika e, desde essa altura, o nosso país tem estado sistematicamente acima da média da OCDE.


A posição de Portugal no ranking melhora ligeiramente na situação de uma família com dois filhos, mas continua a superar largamente a média da OCDE.


Esta elevada carga fiscal sobre o trabalho, com destaque para a maior progressividade do IRS para níveis de rendimento superiores, onde Portugal ocupa lugares mais cimeiros, traduz um forte desincentivo na procura de rendimento adicional por parte de trabalhadores qualificados e maiores dificuldades na contratação desses trabalhadores por parte das empresas, face a outros países com fiscalidade do trabalho bem mais favorável, que permitem um rendimento líquido disponível superior.


Num contexto de inflação elevada, baixar a carga fiscal sobre o trabalho é ainda mais premente.

Contudo, não é só na carga fiscal sobre o trabalho que o problema reside, também comparamos mal na carga fiscal sobre o capital, com Portugal a apresentar a maior taxa máxima combinada de IRC nos países da OCDE.


Esta falta de competitividade fiscal impede a atração e retenção de talento e constitui um forte desincentivo ao crescimento das empresas, aspetos que devem constituir elevada preocupação por parte das políticas públicas.


E aqui, vale a pena olhar para alguns alertas e recomendações feitas a Portugal esta semana, no âmbito do Semestre Europeu, nomeadamente: que a baixa produtividade decorre de baixos níveis de investimento, défices de competências, rigidez no mercado do trabalho e fraquezas no ambiente de negócios e na Justiça; que importa melhorar a eficácia e a adequação do sistema fiscal e que o êxito da execução dos fundos europeus depende também da eliminação de entraves ao investimento.


Fiscalidade compromete talento (dinheirovivo.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

J.K. Rowling

 Aos 17 anos, foi rejeitada na faculdade. Aos 25 anos, sua mãe morreu de doença. Aos 26 anos, mudou-se para Portugal para ensinar inglês. Aos 27 anos, casou. O marido abusou dela. Apesar disso, sua filha nasceu. Aos 28 anos, divorciou-se e foi diagnosticada com depressão severa. Aos 29 anos, era mãe solteira que vivia da segurança social. Aos 30 anos, ela não queria estar nesta terra. Mas ela dirigiu toda a sua paixão para fazer a única coisa que podia fazer melhor do que ninguém. E foi escrever. Aos 31 anos, finalmente publicou seu primeiro livro. Aos 35 anos, tinha publicado 4 livros e foi nomeada Autora do Ano. Aos 42 anos, vendeu 11 milhões de cópias do seu novo livro no primeiro dia do lançamento. Esta mulher é JK Rowling. Lembras de como ela pensou em suicídio aos 30 anos? Hoje, Harry Potter é uma marca global que vale mais de $15 bilhões. Nunca desista. Acredite em você mesmo. Seja apaixonado. Trabalhe duro. Nunca é tarde demais. Esta é J.K. Rowling. J. K. Rowling – Wikipédi...