Putin está "preocupado" com uma eventual Terceira Guerra Mundial mas avisa: "Toda a Ucrânia é nossa"
"Russos e ucranianos são um só", entende o presidente da Rússia, que não procura uma capitulação total da Ucrânia, embora tenha um objetivo concreto em mente
A Ucrânia faz parte da Rússia porque ucranianos e russos são uma e a mesma coisa. Este é o entendimento do presidente russo, Vladimir Putin, que não teve problemas em afirmá-lo esta sexta-feira.
A partir do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, Vladimir Putin garantiu que não procura uma capitulação da Ucrânia, ainda que pretenda que Kiev reconheça a realidade da situação no terreno.
“Não procuramos a capitulação da Ucrânia. Insistimos no reconhecimento da realidade que se desenvolveu no terreno”, acrescentou, sem concretizar totalmente o que isso significa.
Mas já depois disso, e na confirmação de que pensa numa espécie de reedição da União Soviética, Vladimir Putin afirmou: “Russos e ucranianos são um só povo. Nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa”.
Apesar disso, e quase que numa aparente contradição, o presidente russo reiterou que “nunca houve dúvidas sobre o direito da Ucrânia à soberania”.
Em todo o caso, a guerra é para continuar e Vladimir Putin deixou duas ameaças concretas: uma em relação à região de Sumy e outra ainda mais séria.
Sobre a região onde a Rússia entrou recentemente, o presidente russo garantiu que não existe uma ordem para tomar Sumy, ainda que esse cenário não esteja totalmente descartado.
Mais grave foi a frase seguinte: “Se a Ucrânia utilizar uma bomba suja contra a Rússia, provavelmente será o seu último erro”. Para já, acrescentou, não há sinais de que exista essa possibilidade, que Vladimir Putin entende que seria "catastrófica".
Tudo isto vindo de um presidente que, mais de três anos após a invasão, está preocupado com a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial. "É perturbador. Falo sem qualquer ironia, sem qualquer piada. Claro que há um conflito com potencial de crescimento e está mesmo debaixo dos nossos narizes e afeta-nos diretamente".
Vladimir Putin não falava da guerra na Ucrânia, mas antes do conflito entre Israel e Irão.
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