Maria Luís Albuquerque, comissária europeia para Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento, diz ser "indispensável" mobilização da poupança privada para financiar prioridades europeias.
É “indispensável” que haja na Europa uma “mobilização da poupança privada – que tem volumes significativos” – para financiar as “prioridades” europeias, porque, defende Maria Luís Albuquerque, comissária europeia, os “orçamentos públicos não serão suficientes“. A ex-ministra das Finanças, que na Comissão Europeia recebeu a pasta dos Serviços Financeiros e a União da Poupança e do Investimento, assinala que, sobretudo no contexto geopolítico atual, têm de ser dadas condições ao cidadãos para investirem mais nos mercados de capitais – porque “investir nos mercados de capitais tem risco de perda, aplicar poupanças em depósitos a prazo tem tido certeza de perda“.
As declarações de Maria Luís Albuquerque foram feitas num evento anual da CMVM, o supervisor do mercado de capitais português, em Lisboa, na Fundação Gulbenkian, esta sexta-feira. A comissária europeia falou sobre as propostas cuja elaboração está a liderar, que querem dar “uma nova ambição para o mercado de capitais” na Europa.
Temos sido incapazes de desenvolver na Europa mercados de capitais líquidos e eficientes, porque continuamos a agir mais como nacionais do que como europeus. E neste caso só pensar à escala europeia poderá funcionar”, avisou Maria Luís Albuquerque, salientando que “face aos crescentes desafios geopolíticos temos novas e mais ambiciosas prioridades de financiamento”.
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