Avançar para o conteúdo principal

NASA estava “completamente errada” sobre o asteroide Bennu




 Em 2020, a NASA enviou uma nave para recolher amostras da superfície do asteroide Bennu. Ao aterrar, causou uma explosão e abriu uma cratera de 8 metros de largura.


Um cientista da NASA observou que “as partículas que compõem o exterior do Bennu são tão soltas, que agem mais como um fluido do que como um sólido”.


A NASA surpreendeu-se a ela própria quando aterrou uma nave espacial no asteroide Bennu em 2020 e causou uma explosão que criou uma enorme cratera no corpo rochoso — mas a experiência de aprendizagem pode ajudar a salvar a Terra, se um asteroide alguma vez ameaçar aniquilar-nos.


Em 2016, a NASA lançou a nave espacial OSIRIS-REx para dar uma vista de olhos ao asteroide Bennu. Dois anos depois, a nave chegou ao seu destino e começou a vigiar Bennu, a cerca de 6 quilómetros acima da sua superfície.


Em 2020, a NASA levou a missão um passo mais longe, enviando a OSIRIS-REx à superfície do asteroide para recolher uma amostra — algo que nenhuma nave espacial da NASA tinha feito antes, segundo a Big Think.


Para essa parte da missão, o OSIRIS-REx aterrou na superfície do asteroide e mandou um sopro de gás. Em seguida, captou um pouco do material deslocado pelo gás antes de disparar os seus propulsores para se afastar de Bennu.


O plano funcionou, mas nas simulações do asteroide feitas pela NASA, o processo deveria ter deixado o mais pequeno desnível na superfície. A missão real criou uma explosão de destroços e uma cratera de 8 metros de largura no local de aterragem.


“Esperávamos que a superfície fosse bastante rígida”, contou Dante Lauretta, investigador principal do OSIRIS-REx, ao Space.com.


“Vimos uma parede gigante de detritos a voar para longe do local da amostra. Para os operadores de naves espaciais, foi realmente assustador“, acrescentou Lauretta.


Com base nos dados da missão e de uma análise do local de aterragem, os investigadores determinaram que a superfície do asteroide Bennu está tão solta, que o OSIRIS-REx teria continuado a afundar-se nele se não tivesse disparado os seus propulsores dentro do prazo previsto.


A NASA descreve o asteroide como sendo semelhante às piscinas de bolas em que as crianças brincam — coloca-se qualquer tensão nas rochas e pedaços de pó na superfície de Bennu, e elas deslizam facilmente umas para as outras.


“As nossas expectativas sobre a superfície do asteroide estavam completamente erradas”, sublinhou o investigador principal da missão.


“Acontece que as partículas que compõem o exterior do Bennu são tão soltas, que agem mais como um fluido do que como um sólido”, concluiu Lauretta.


Os investigadores utilizaram agora os dados da missão OSIRIS-REx para recalcular as propriedades de Bennu, detalhando o que aprenderam em dois estudos, publicados em julho na revista Science e na Science Advances.


Esta experiência pode ajudar os cientistas a interpretar com precisão dados remotos sobre outros asteroides — algo extremamente importante se alguma vez nos virmos confrontados com um impacto de asteroides e precisarmos de lançar uma missão para desviar ou destruir a ameaçadora rocha espacial.


   Alice Carqueja, ZAP //

NASA estava "completamente errada" sobre o asteroide Bennu (aeiou.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Dormir numa bagageira

José Soeiro  O aparato da tecnologia avançada organiza as mais indignas regressões sociais. Radical é uma bagageira ser o quarto de um trabalhador De visita a Lisboa, John chamou um Uber mal chegou ao aeroporto. O carro veio buscá-lo, conta-nos a última edição do Expresso, mas o motorista resistiu a pôr as malas do turista na bagageira. Insistência de um lado e renitência do outro, houve uma altercação, até que a PSP interveio e exigiu que o motorista abrisse a bagageira do carro. Dentro dela, estava um homem - um outro motorista, que faz daquela bagageira o seu quarto, recanto possível para repousar o corpo. Segundo o jornal, não é caso único. A situação é comum entre os migrantes do Indostão a trabalhar para a Uber. Eis a condição extrema dos trabalhadores da gig economy num país europeu do século XXI. Lisboa, paraíso dos nómadas digitais, capital da Web Summit, viveiro de “unicórnios”, sede do centro tecnológico europeu da Uber, “modelo de ouro” das plataformas: cidade sem teto ...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook

Correia de transmissão: estes são os alertas que tem de a mudar!

 Close-up of a car engine focusing on the serpentine belt system with a warm light flare. A correia serpentina ou de transmissão do seu automóvel é um componente vital do motor. É responsável por fornecer energia a vários acessórios, incluindo o compressor do ar condicionado, a bomba da direção assistida e a bomba de água. A fonte dessa energia é a cambota, que gira à medida que os pistões no interior do motor se movem para cima e para baixo. Embora a correia de serpentina seja uma peça de equipamento bastante robusta, está sujeita a desgaste com o tempo. Mas quando saber que tem de a mudar? Correia de transmissão: estes são os alertas que tem de a mudar! A maioria dos fabricantes recomenda a substituição da correia de transmissão a cada 60000 ou 100000 quilómetros. Isto dependendo da marca e do modelo e do estado da correia. No entanto, por vezes, estas correias degradam-se mais cedo do que deveriam ou são danificadas por contaminantes externos. Nestes casos, a correia pode falhar...