Avançar para o conteúdo principal

Investigadores descobrem novo buraco na camada do ozono (e também é gigante)



Além do buraco na camada do ozono sobre a Antártica, há uma nova preocupação: um outro buraco sobre a zona dos trópicos, aberto o ano todo e que terá surgido já na década de 1980

Uma combinação de dados de observações com modelos de reação de eletrões orientadas por raios cósmicos permitiu a uma equipa de investigadores dar conta de um novo buraco na camada do ozono, com grandes proporções e que deve ser considerado “uma grande preocupação global”. Este ‘novo’ buraco, que se acredita já existir desde a década de 1980, é sete vezes maior do que o mais conhecido buraco sobre a Antártica.


Por definição, considera-se que há um buraco na camada do ozono quando há uma perda de mais de 25% de O3, uma molécula inorgânica, do que na região circundante. A ameaça para a saúde vem do facto de se aumentar a exposição da superfície da Terra a raios ultravioleta, que aumenta também o risco de se desenvolver cancros de pele, entre outras doenças.


A descoberta deste novo buraco é relatada no jornal AIP Advances e o autor Qing-Bin Lu explica que “a zona dos trópicos constitui metade da superfície do planeta e é o local de habitação de cerca de metade da população mundial. A existência de um buraco na camada do ozono tropical pode causar uma grande preocupação mundial”, cita o IFL Science.


Enquanto o buraco da Antártica tem um ciclo sazonal, com as maiores perdas a acontecerem entre setembro e outubro, este buraco dos trópicos mantém-se durante todo o ano. “Os buracos na camada do ozono podem levar a um aumento da radiação ultravioleta no solo, o que pode conduzir a um aumento do risco de cancro de pele e cataratas nos humanos, como também pode enfraquecer os sistemas imunitários humanos, diminuir a produtividade agrícola e afetar negativamente os organismos aquáticos e ecossistemas (…) A descoberta atual pede que sejam feitos mais estudos sobre a camada do ozono, alterações nas radiações UV, aumento de riscos de cancro e outros efeitos negativos na saúde e ecossistemas na região tropical”, alerta o investigador.


Exame Informática | Investigadores descobrem novo buraco na camada do ozono (e também é gigante) (sapo.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...