Avançar para o conteúdo principal

Terra está a girar cada vez mais rápido e dias são mais curtos



 O dia 29 de junho deste ano foi 1,59 milissegundos mais curto do que se esperava, devido à Terra estar a girar mais rápido. Este foi o dia mais curto em mais de 50 anos

Nos últimos anos, desde que os relógios atómicos começaram a registar o ritmo da rotação da Terra, têm sido registados vários dias mais curtos do que esperado, na ordem dos milissegundos a menos. Em 2020, foram registados os 28 dias mais curtos da História, depois a 26 de julho deste ano o dia durou menos 1,5 milissegundos do que se esperava.


Leonid Zotov, investigador da Universidade Estatal de Moscovo, explica que “desde 2016, a Terra começou a acelerar. Este ano roda mais rápido do que em 2021 e 2020”, cita a CBS News. Se contarmos desde a formação do planeta, os dias têm sido mais longos: há 1,4 mil milhões de anos, o dia tinha apenas 19 horas. Em média, cada dia dura mais 74000 avos de segundo atualmente, mas a rotação da Terra varia, se olharmos numa perspetiva diária.


O degelo e regelo dos glaciares, fenómenos naturais intensos como terramotos ou ventos e o clima podem ser os responsáveis por estas irregularidades, com alguns investigadores a apontarem o fenómeno ‘Chandler wobble’, um desvio irregular nos pontos de rotação da Terra relativos à Terra sólida, também como causa.


Desde 1972, a comunidade tem vindo a adicionar o Segundo Intercalar como forma de compensar e garantir que os relógios estão sincronizados. Agora, com a tendência de os dias ficarem mais curtos, pode haver a necessidade de se adicionar um Segundo Intercalar negativo, com o relógio UTC a ‘saltar’ um segundo. Estas ‘manobras’ têm grande impacto em sistemas tecnológicos e a Meta já veio a público pedir que se pare a sua utilização, alegando que anomalias nos serviços da Reddit e da Cloudflare por este motivo. Um Segundo Intercalar negativo pode potencialmente causar ainda mais disrupções.


Oleg Obleukhov e Ahmad Byagowi, engenheiros do Meta, referem que “o impacto de um Segundo Intercalar nunca foi testado nesta escala; pode ter um efeito devastador no software que assenta nos temporizadores ou agendadores”.


Exame Informática | Terra está a girar cada vez mais rápido e dias são mais curtos (sapo.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...