Avançar para o conteúdo principal

Carros eléctricos são uma “ruína” – para quem conduz e para o planeta


Ford Focus Electric


 Em Espanha defende-se que as baterias são mais caras do que um carro usado e são tóxicas para o ambiente.


Carros eléctricos são o futuro. Aliás, já são o presente para muitas famílias; e os Governos de muitos países estão nitidamente e publicamente a apelar à compra de carros eléctricos.


Ainda há um mês, todos os países da União Europeia aprovaram o plano de proibir a venda de veículos movidos a gasóleo ou gasolina a partir de 2035.


A prioridade é utilizar energias alternativas e o carro eléctrico é o mais procurado, nos últimos anos.


Mas, como em tudo, nada é ideal.


Foi notícia, há poucos dias, o caso de uma família na Flórida, nos Estados Unidos da América, em relação ao seu Ford Focus Electric.


Compraram o carro, usado. Tinha rodado durante cerca de 100 mil quilómetros, quando foi comprado.


Meio ano depois, avariou. Parou durante uma viagem. Precisava de uma bateria nova.


Preço da bateria? 14 mil dólares. Preço do carro? 11 mil dólares.


Aí a família deparou-se com dois problemas: a bateria era mais cara do que o carro (usado) e não havia carro de substituição.


Este caso trouxe à superfície o grande problema dos carros eléctricos: as baterias de lítio são demasiado caras e as questões de reciclagem relacionadas com essas baterias são pouco sustentáveis.


O aviso é deixado por Omar Kardoudi, no portal El Confidencial. E deixa mais problemas no artigo, tal como o prazo de validade dos carros eléctricos, devido ao lítio.


É que, se o ritmo de produção de carros eléctricos se mantiver como o que temos atravessado nos últimos anos, em 2040 já não vai haver…lítio. Deixará de ser possível extrair lítio – que é muito difícil de reciclar.


E as baterias não são eternas. É difícil avariarem, mas vão ficando degradadas e vão sendo menos eficazes com o passar do tempo. Oito anos depois, ou 160 mil quilómetros depois (prazo médio das garantias), é preciso comprar uma nova, que pode custar 20 mil dólares.


Sim, o preço deve baixar durante os próximos anos. Mas, devido ao contexto global dos últimos meses, a tendência até tem sido de subida de preços das baterias.


O que acontece à bateria que já não é utilizada? Lixo, quase sempre. Um elemento “tóxico” para o ambiente.


Por isso, é necessário combater o outro grande problema relacionado com este assunto: a falta de alternativas. Convém ser aprofundada a investigação, a procura por outros materiais para as baterias (como a Tesla já está a fazer).


Ou então perceber que o carro eléctrico não é o único veículo do futuro. O carro a hidrogénio ou movido a biocombustíveis são meios de “atacar o problema das emissões sem hipotecar o nosso futuro”.


No geral, o autor classifica os carros eléctricos como uma “ruína” para quem conduz e para o planeta.


Carros eléctricos: "ruína" para quem conduz e para o planeta (aeiou.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...