Avançar para o conteúdo principal

O "Portão do Inferno" vai ser fechado


O "Portão do Inferno" é uma atração turística do país - Foto: Igor SASIN / AFP


 O presidente do Turquemenistão ordenou aos cientistas do país que encontrassem uma forma de finalmente extinguir um incêndio maciço de cinco décadas numa gigantesca cratera de gás natural, apelidada de "Portão do Inferno".


Citando preocupações ambientais e económicas, Gurbanguly Berdymukhamedov apareceu na televisão estatal, este sábado, a dizer aos responsáveis públicos para apagarem as chamas na cratera de gás de Darvaza, no meio do vasto deserto de Karakum, naquele país da Ásia Central.


Em 2010, Berdymukhamedov já tinha ordenado aos peritos que encontrassem uma forma de apagar as chamas que têm vindo a arder desde que uma operação de perfuração soviética em busca de gás natural cometeu um erro, em 1971. O presidente, Gurbanguly Berdymukhamedov, afirma que a cratera feita pelo homem "afeta negativamente tanto o ambiente como a saúde das pessoas que vivem nas proximidades".


"Estamos a perder recursos naturais valiosos pelos quais poderíamos obter lucros significativos e utilizá-los para melhorar o bem-estar do nosso povo", disse Berdymukhamedov na intervenção televisiva.


A cratera foi criada em 1971 durante um acidente de perfuração que atingiu um depósito natural de gás, causando a queda da plataforma de perfuração e o colapso da terra por baixo da mesma. Para evitar que os fumos perigosos se espalhassem, os soviéticos decidiram queimar o gás, ateando-lhe fogo.


O poço tem estado em chamas desde então e as tentativas anteriores para o apagar não tiveram sucesso.


A cratera resultante - 70 metros de largura e 20 metros de profundidade - é uma atração turística popular no antigo país soviético.


Em 2018, o presidente renomeou-a oficialmente como o "Brilho de Karakum".


https://www.jn.pt/mundo/amp/o-portao-do-inferno-vai-ser-fechada-14473294.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Governo vai alterar lei para que câmaras possam usar mais terrenos para a construção de habitação

 Alterações à lei dos instrumentos de gestão territorial obrigam "a um número mínimo de habitações a preços controlados ou renda acessível ou preço acessível" O Governo vai alterar “muito brevemente” a lei dos instrumentos de gestão territorial para que as câmaras municipais possam afetar mais terrenos à construção para baixar o preço da habitação, anunciou esta quinta-feira o ministro da Coesão Territorial. Numa audição no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na Assembleia da República, em Lisboa, Manuel Castro Almeida explicou que “muito brevemente” será mudada a lei dos instrumentos de gestão territorial “para dar mais capacidade às autarquias locais” de poderem aprovar a afetação de terrenos que hoje não estão disponíveis para a construção habitações, “mediante deliberação da Câmara e da Assembleia Municipal”, sem ser necessário alterar os Planos Diretores Municipais (PDM). “Há coisas que não podem fazer, não vão poder construir

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di

Governo vai rever lei para permitir atualização das pensões no ano seguinte à sua atribuição

 A ministra do Trabalho confirmou que o Governo vai alterar a norma que atualmente prevê que as pensões só são atualizadas após o segundo ano da sua atribuição. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho (D), intervém durante a sua audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na Assembleia da República, em Lisboa, 10 de julho de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confirmou esta segunda-feira que o Governo vai rever a legislação para permitir a atualização das pensões no ano seguinte à sua atribuição, medida que será aprovada no Conselho de Ministros desta semana. Maria do Rosário Ramalho falava nas jornadas parlamentares do PSD e CDS-PP que decorrem até terça-feira na Assembleia da República, altura em que anunciou que, “no âmbito do dia internacional da pessoa idosa”, no próximo Conselho de Ministros, que vai decorrer na quarta-feira, o Governo vai lançar “medidas na ár