Avançar para o conteúdo principal

Europa mata sonho dos combustíveis sintéticos



 O Parlamento Europeu aprovou o fim, em 2035, da venda de novos veículos com motor de combustão. De caminho, matou igualmente o sonho do combustível sintético, que foi equiparado à gasolina fóssil.


Alfredo Lavrador


Abundam os fabricantes de automóveis convencionais que se bateram nos últimos anos, investindo fortemente, para encontrar uma solução que convencesse a União Europeia (UE) a considerar os combustíveis sintéticos equivalentes aos veículos eléctricos, em termos ambientais. A Porsche foi um dos nomes mais sonantes a investir neste tipo de combustíveis, alegadamente neutros em carbono por serem produzidos a partir de plantas que já consumiram dióxido de carbono (CO2) durante o seu ciclo de crescimento, ou porque são produzidos a partir de carbono capturado na atmosfera. Mas a UE fechou a porta e arrumou a questão, ao considerar que as gasolinas e gasóleos sintéticos poluem quando são queimados num motor de combustão.


Os responsáveis da UE sabem que os transportes rodoviários representam apenas 25% das emissões de CO2, mas não só esta é uma das formas mais rápidas de anular uma fatia considerável deste gás de efeito estufa que diariamente é libertado para a atmosfera, como a substituição dos motores de combustão por eléctricos retira dos centros das grandes cidades tudo o que seja emissões de partículas e de NOx. O Parlamento Europeu também não tem dúvidas quanto às vantagens de ter em circulação milhares de veículos que emitem zero CO2 ou, em alternativa, outros que emitem o CO2 que retiraram anteriormente, não diminuindo assim a quantidade de carbono na atmosfera (e daí serem neutros em carbono). Tudo porque certos fabricantes querem manter os lucros que os motores de combustão a gasolina e a gasóleo sempre lhes proporcionaram.


De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, a proposta aprovada, avançada pelos franceses, não inclui quaisquer excepções à mudança total rumo aos veículos eléctricos em 2035. Isto significa que a tecnologia que a Porsche se esforçou por desenvolver, a promover os combustíveis sintéticos, não será aceite. Aliás, já uns anos antes da Porsche, também a Audi trabalhou afincadamente no desenvolvimento destes combustíveis, até abandonar a tecnologia e se dedicar aos eléctricos a bateria.


Os italianos, pelo seu lado, bateram-se por limites mais flexíveis para os pequenos construtores de modelos com motores de combustão, uma medida que encaixava que nem uma luva nas necessidades da Ferrari e da Lamborghini. Mas acabaram por alinhar pela maioria e virar as costas aos combustíveis fósseis. Em parte, porque os míticos construtores transalpinos já estão avançados a estudar mecânicas eléctricas alimentadas por bateria e perceberam que é possível conseguir produzir desportivos ainda mais potentes sem emitir poluentes.


Europa mata sonho dos combustíveis sintéticos – Observador


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Visitei o Submarino Português Barracuda, da NATO, em Almada, Portugal

 Mergulha na fascinante história do Submarino Barracuda, agora aberto ao público em Almada! Descobre: Como era a vida a bordo deste submarino de guerra. Os segredos da navegação subaquática. Sistemas avançados de regeneração de oxigénio. 42 anos de missões e 800.000 milhas náuticas percorridas. Visita o Barracuda de terça a domingo, 10h-18h, perto de Lisboa, no Largo Alfredo Diniz, Cacilhas, Almada, às portas de Lisboa. Não percas esta oportunidade única de explorar o submarino mais antigo da NATO! Vê os meus outros passeios e viagens em  Wilson's discoveries   Se gostas de vistas aéreas para relaxar e conhecer, podes ver os meus voos de drone em  Relax in   Visitei o Submarino Português Barracuda, da NATO, em Almada, Portugal - YouTube

Portáteis de alta performance “low-cost”? Sim… Existem!

 Pode parecer estranho nos tempos que correm, mas existem mesmo portáteis de alta performance de marcas como a Tongfang (também vendida sob outras marcas como XMG, Eluktronics, Schenker, entre outras) capazes de oferecer especificações semelhantes ou até superiores a modelos da ASUS ROG, HP Omen, ou MSI a preços significativamente mais baixos. Porém, não pense que vai conseguir meter as mãos no mesmo exato produto. Existem compromissos quando opta por um portátil de uma marca com menos peso no mercado. Vale a pena investir num portátil de marca alternativa? portáteis de alta performance "low-cost"? sim... existem! A resposta depende do que procuras: Preço/Performance – Marcas como Tongfang conseguem oferecer mais hardware por menos dinheiro porque evitam grandes campanhas de marketing e não cobram pelo “prestígio” da marca. Assim, se quiseres um portátil com um processador topo de gama e uma RTX 4080 ou 4090 por menos dinheiro, pode ser uma solução. Personalização – Muitas de...