As farmácias belgas estão desde esta terça-feira a fornecer, de forma gratuita, pastilhas de iodo às pessoas que as solicitem, como parte de um novo plano de segurança nuclear, iniciado pelo Governo, que amplia a distribuição deste mineral a todo o território do país como prevenção em caso de acidente nuclear.
As pastilhas de iodo estarão disponíveis para toda a população, mas a sua ingestão é recomendada somente a grupos de risco como crianças, mulheres grávidas e em período de lactação, ou professores de escolas e infantários, informou a agência Belga.
Estes comprimidos actuam sobre a tiróide, saturando-a com altas concentrações deste composto, para evitar que o organismo absorva o iodo radioactivo que seria liberado por uma fuga de radiação nuclear, e prevenir assim o desenvolvimento de neoplasias malignas.
As pessoas que vivem num raio de 20 quilómetros à volta das centrais nucleares actualmente em actividade no país – Tihange, no leste, e Doel, no norte – já receberam as suas cápsulas.
Em setembro, também as autoridades alemãs tinham distribuído pastilhas de iodo aos habitantes da cidade de Aachem, a 70 kms da central nuclear belga. A autoridades alegam que a central está tão próxima que, em caso de emergência, não haveria tempo para distribuir os comprimidos.
O plano belga prevê a distribuição num raio de 100 quilómetros à volta de qualquer central e inclui as centrais de Borssele, na Holanda, e de Chooz, em França, junto às fronteiras destes países com a Bélgica.
As centrais nucleares belgas estiveram debaixo das atenções após os problemas de segurança registados na central de Tihange 3, que esteve encerrada durante 21 meses.
Também após os atentados terroristas de 22 de março de 2016 em Bruxelas se temeu de que as centrais de Tihange e Doel fossem alvo dos terroristas, hipótese entretanto desmentida pelas autoridades.
No dia dos atentados, ambas as centrais foram evacuadas. Dois dias mais tarde, a 24 de março, foi revelado que um homem que trabalhava como agente de segurança de Tihange foi assassinado e que o seu cartão de acesso às instalações tinha sido roubado.
As autoridades belgas retiraram os passes de acesso à central nuclear de Tihange de várias pessoas, e reduziram provisoriamente o número de funcionários, além de reforçar o dispositivo de segurança com guardas privados, forças policiais e militares federais.
A Bélgica deverá abandonar a energia nuclear em 2025, conforme consta no pacto energético e no acordo do Governo da coligação que actualmente governa o país.
Este objectivo foi no entanto colocado em causa nos últimos meses por alguns partidos, organizações patronais e académicas, que questionam o custo da decisão e o seu potencial impacto sobre o cumprimento dos objectivos climáticos.
https://zap.aeiou.pt/belgica-distribui-pastilhas-iodo-194486
As pastilhas de iodo estarão disponíveis para toda a população, mas a sua ingestão é recomendada somente a grupos de risco como crianças, mulheres grávidas e em período de lactação, ou professores de escolas e infantários, informou a agência Belga.
Estes comprimidos actuam sobre a tiróide, saturando-a com altas concentrações deste composto, para evitar que o organismo absorva o iodo radioactivo que seria liberado por uma fuga de radiação nuclear, e prevenir assim o desenvolvimento de neoplasias malignas.
As pessoas que vivem num raio de 20 quilómetros à volta das centrais nucleares actualmente em actividade no país – Tihange, no leste, e Doel, no norte – já receberam as suas cápsulas.
Em setembro, também as autoridades alemãs tinham distribuído pastilhas de iodo aos habitantes da cidade de Aachem, a 70 kms da central nuclear belga. A autoridades alegam que a central está tão próxima que, em caso de emergência, não haveria tempo para distribuir os comprimidos.
O plano belga prevê a distribuição num raio de 100 quilómetros à volta de qualquer central e inclui as centrais de Borssele, na Holanda, e de Chooz, em França, junto às fronteiras destes países com a Bélgica.
As centrais nucleares belgas estiveram debaixo das atenções após os problemas de segurança registados na central de Tihange 3, que esteve encerrada durante 21 meses.
Também após os atentados terroristas de 22 de março de 2016 em Bruxelas se temeu de que as centrais de Tihange e Doel fossem alvo dos terroristas, hipótese entretanto desmentida pelas autoridades.
No dia dos atentados, ambas as centrais foram evacuadas. Dois dias mais tarde, a 24 de março, foi revelado que um homem que trabalhava como agente de segurança de Tihange foi assassinado e que o seu cartão de acesso às instalações tinha sido roubado.
As autoridades belgas retiraram os passes de acesso à central nuclear de Tihange de várias pessoas, e reduziram provisoriamente o número de funcionários, além de reforçar o dispositivo de segurança com guardas privados, forças policiais e militares federais.
A Bélgica deverá abandonar a energia nuclear em 2025, conforme consta no pacto energético e no acordo do Governo da coligação que actualmente governa o país.
Este objectivo foi no entanto colocado em causa nos últimos meses por alguns partidos, organizações patronais e académicas, que questionam o custo da decisão e o seu potencial impacto sobre o cumprimento dos objectivos climáticos.
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