Avançar para o conteúdo principal

Baterias de estado sólido da Toyota já têm data para chegar ao mercado


A aposta da Toyota nos elétricos também irá fazer-se com baterias de estado sólido, que prometem autonomias muito superiores às atuais.

Toyota BEV 2026
© Toyota

Com o objetivo de levantar um pouco do véu sobre algumas das tecnologias que está a desenvolver, a Toyota organizou o evento Toyota Technical Workshop 2023, com o tema “vamos mudar o futuro dos carros”.

Entre as novidades mais importantes, o destaque vai para uma nova geração de modelos 100% elétricos, que começará a chegar em 2026.

Esta nova geração de elétricos será a primeira a equipar uma evolução da bateria de iões de lítio NMC (níquel, manganês e cobalto) do bZ4X, a que a Toyota chama de Performance. E promete autonomias até 1000 km (no ciclo chinês CLTC).

A maior densidade energética desta bateria será acompanhada por custos 20% inferiores e a possibilidade de carregar a bateria em 20 minutos ou menos (10-80%).

A Toyota está também a desenvolver uma nova geração de baterias de iões de lítio LFP (fosfato de ferro-lítio). Esta solução, destinada aos modelos mais acessíveis, começará a ser produzida em massa entre 2026 e 2027.

Segundo o construtor, a sua bateria LFP deverá garantir 20% mais de autonomia, custos 40% inferiores e um recarregamento rápido em 30 minutos ou menos (10-80%), comparando com a bateria atual do bZ4X.

Um pouco mais tarde, em 2027-28, uma nova geração de baterias de iões de lítio com alto conteúdo de níquel no cátodo chegará ao mercado. Comparativamente à bateria Performance acima, deverá incrementar a sua autonomia em 10%, ao mesmo tempo que os custos são reduzidos em 10%.

Baterias de estado sólido em 2027-28

Será também em 2027-28 que a Toyota planeia introduzir as baterias de estado sólido nos seus elétricos.


© Toyota Protótipo de uma bateria de estado sólido.


A Toyota refere que conseguiu “um avanço tecnológico que ultrapassa o desafio de longa data da durabilidade”, o que permite considerar a sua introdução em veículos elétricos e não apenas em híbridos.

O desafio agora passa por desenvolver um método eficaz de produção em massa destas baterias. E por isso mesmo, a Toyota não avança com uma comparação dos custos com as outras baterias que está a desenvolver.

As primeiras projeções da Toyota apontam para um incremento da autonomia em 20% — 1200 km (CLTC) —, quando comparado com as baterias de iões de lítio Performance que referimos acima, com um tempo de carregamento de 10 minutos ou menos (10-80%).

Apesar das baterias de estado sólido ainda não estarem no mercado, a Toyota já está a desenvolver uma versão melhorada.

Segundo as suas previsões, em conjunto com melhorias na eficiência do veículo (relacionadas com a aerodinâmica e massa), a autonomia máxima poderá aumentar em 50%, comparativamente às baterias Performance. Ou seja, um valor previsto em torno dos 1500 km. 


Baterias de estado sólido da Toyota já têm data para chegar ao mercado (razaoautomovel.com)


Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...