Inovação deve chegar aos 2% da velocidade da luz. A nova propulsão inspirou-se nas aves marinhas.
O ser humano quer chegar, e chegou, à Lua. Quer aterrar em Marte e noutros planetas, se for possível.
Mas isso demora. Hoje, por exemplo, um propulsor Starship demoraria 6 mil anos a chegar ao sistema estelar mais próxima do sistema solar, o Alpha Centauri, lembra o El Confidencial.
Mas agora chega uma inovação apresentada (desenhada, para já) por investigadores da Universidade McGill, no Canadá, e da Fundação Tau Zero, nos Estados Unidos da América.
O estudo publicado na revista Frontiers in Space Technologies mostra um sistema inspirado nas aves marinhas que utilizam o vento para aterrar.
Os especialistas optaram por uma nova abordagem: a utilização de velas dinâmicas para impulsionar um veículo espacial. Um aparelho de voo que interage com duas regiões diferentes de vento pode extrair energia do cisalhamento do vento e acelerar a velocidades acima da velocidade do vento.
A ideia das duas equipas é aproveitar as diferenças de velocidade do vento encontradas no sistema solar para fazer com que um veículo que interage com essas zonas atinja milhares de quilómetros por segundo.
Mais concretamente o objectivo é chegar aos 6 mil quilómetros por segundo…e sem utilizar combustível.
O princípio base é a sustentação dinâmica: caminhos de elevação que “saltam para a frente e para a trás entre diferentes regiões de velocidade do vento, como uma bola de ténis, entre duas velocidades de vento”.
Com a sustentação, surge uma manobra que aproveita a diferença de velocidade do vento.
A nave seria uma “asa magneto-hidrodinâmica”. Com campos magnéticos semelhantes à asa de um pássaro. Em princípio será composta por uma antena de ondas de plasma composta por dois ímanes de plasma.
O campo criado pelos ímanes interage com os fluxos de vento solar em diferentes direcções, criando assim sustentação.
Ainda falta concretizar a ideia. Se for concretizada, vai ser criada uma nave especial que atinja 2% da velocidade da luz, um ano e meio depois do lançamento, sem utilizar combustível.
Um pequeno demonstrador, também criado pelas equipas norte-americanas, poderia demorar apenas meio ano a chegar a Júpiter.
Viagem espacial a 6 mil km por segundo (e sem combustível) (aeiou.pt)
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