Avançar para o conteúdo principal

Quais os prazos de prescrição de dívidas?



 O momento a partir do qual começa a contar o prazo é aquele em que o pagamento falha. Conheça todos os prazos de prescrição de dívidas.


A prescrição de dívidas acontece quando, depois de um determinado período de tempo, o devedor deixa de ter a obrigação de pagar. Os prazos para que uma dívida prescreva variam desde alguns meses até 20 anos e, para que um devedor se possa recusar a pagar, deve primeiro invocar a prescrição. Segundo o artigo 303º do Código Civil, para que a prescrição de dívidas seja eficaz, deverá ser invocada pelo devedor, de forma judicial ou extrajudicial.


Ainda assim, saiba que, caso não exista nenhuma lei a ditar o contrário, o prazo normal de prescrição de uma dívida é de 20 anos.


O momento a partir do qual começa a contar o prazo é aquele em que o pagamento falha. Conheça todos os prazos de prescrição de dívidas.


Seis meses

As dívidas aos serviços públicos essenciais como água, gás, eletricidade e telecomunicações, têm um prazo de prescrição de apenas seis meses. Este prazo aplica-se também às dívidas contraídas em estabelecimentos de alojamento, comidas ou bebidas e relacionadas com o fornecimento desses serviços.


Dois anos

Dois anos é o prazo de prescrição para as dívidas de estudantes a estabelecimentos que forneçam alojamento e/ou alimentação, assim como a estabelecimentos de ensino, educação, assistência ou tratamento.


Também as multas de trânsito prescrevem ao fim de dois anos. Imagine que recorreu da decisão desta multa junto da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). No caso de não receber nenhuma resposta no prazo de dois anos, a sua multa prescreve e não terá de a pagar.


Prescrevem também ao fim deste período as dívidas a comerciantes que resultem da venda de objetos a particulares. E ainda os créditos pelos serviços prestados no exercício de profissões liberais - por exemplo, advogados, médicos particulares, dentistas, psicólogos, veterinários, enfermeiros, contabilistas, solicitadores, arquitetos, engenheiros e outras atividades de prestação de serviços.


Três anos

Ao fim de três anos, prescrevem as dívidas a instituições e serviços médicos inseridos no Serviço Nacional de Saúde.


Quatro anos

O prazo de quatro anos aplica-se a algumas dívidas ao Fisco. As Finanças têm este prazo para notificarem os contribuintes para o pagamento de dívidas relativas a impostos como IUC, IRS, IVA ou IRC. Após a notificação, o Fisco dispõe ainda de mais quatro anos para executar essa dívida.


Cinco anos

Cinco anos é o prazo de prescrição de dívidas que resultem de "prestações periodicamente renováveis". Ou seja:


- Anuidades de rendas perpétuas ou vitalícias;


- Rendas e alugueres em dívida pelo locatário, ainda que tenham sido pagos por uma só vez;


- Pensões de alimentos vencidas e quaisquer outras prestações periodicamente renováveis;


- Foros;


- Juros convencionais (provenientes de uma taxa de juro acordada entre as partes) ou legais (quando não existe taxa de juro acordada), mesmo que ilíquidos;


- Dividendos de sociedades;


- Quotas de amortização do capital a pagar com os juros.


As dívidas à Segurança Social relativas à falta de pagamento de quotizações e contribuições também prescrevem ao fim de cinco anos. Já se as dívidas forem por recebimento indevido de prestações sociais, o prazo prolonga-se até aos 10 anos.


Oito anos

À exceção das dívidas que prescrevem após quatro anos, todas as outras dívidas fiscais prescrevem passados oito anos.


Também as dívidas referentes à falta de pagamento de propinas prescrevem ao fim de oito anos.


Como invocar uma prescrição de dívida?

Para invocar a prescrição de uma dívida, tem de enviar uma carta registada com aviso de receção manifestando essa intenção para a entidade em questão. É importante que guarde também uma cópia da mesma e o registo que certifique que foi, de facto, enviada.


https://www.dinheirovivo.pt/financas-pessoais/quais-os-prazos-de-prescricao-de-dividas-14297713.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

J.K. Rowling

 Aos 17 anos, foi rejeitada na faculdade. Aos 25 anos, sua mãe morreu de doença. Aos 26 anos, mudou-se para Portugal para ensinar inglês. Aos 27 anos, casou. O marido abusou dela. Apesar disso, sua filha nasceu. Aos 28 anos, divorciou-se e foi diagnosticada com depressão severa. Aos 29 anos, era mãe solteira que vivia da segurança social. Aos 30 anos, ela não queria estar nesta terra. Mas ela dirigiu toda a sua paixão para fazer a única coisa que podia fazer melhor do que ninguém. E foi escrever. Aos 31 anos, finalmente publicou seu primeiro livro. Aos 35 anos, tinha publicado 4 livros e foi nomeada Autora do Ano. Aos 42 anos, vendeu 11 milhões de cópias do seu novo livro no primeiro dia do lançamento. Esta mulher é JK Rowling. Lembras de como ela pensou em suicídio aos 30 anos? Hoje, Harry Potter é uma marca global que vale mais de $15 bilhões. Nunca desista. Acredite em você mesmo. Seja apaixonado. Trabalhe duro. Nunca é tarde demais. Esta é J.K. Rowling. J. K. Rowling – Wikipédi...