Avançar para o conteúdo principal

Bancos, seguradoras e gestoras de património querem mais IA e blockchain



 Uma melhor e mais eficiente prestação de serviços e um mercado sobrelotado são as principais razões que levam as empresas a procurar estas tecnologias


Nos próximos dois anos, 82% dos profissionais da área financeira consideram o aumento do investimento em assistentes de Inteligência Artificial (IA) e 78% esperam um aumento no investimento em ecossistemas associados e 68% em blockchain, apurou a Talkdesk, empresa de software na cloud para contact centers, através do estudo sobre a indústria dos serviços financeiros e seguros (FSI na sigla em inglês) – “Tecnologias emergentes e a melhoria da experiência do cliente (CX) em serviços financeiros”. Tendo como base os resultados de um inquérito online realizado em setembro de 2021 a 200 profissionais qualificados de serviços financeiros em diferentes mercados globais, incluindo bancos, pagamentos, seguros e gestão de património de 10 países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Singapura), a empresa concluiu que foram as crescentes expectativas dos clientes e dos segurados para uma satisfação mais completa das suas necessidades e um mercado sobrelotado que levaram as organizações de serviços financeiros e seguros a procurar por estas tecnologias.


Com potencial para melhorar a recolha e utilização segura dos dados dos clientes, a blockchain tem maior potencial para alcançar novos clientes, ao mesmo tempo que aumenta a segurança, os ecossistemas facilitam a recolha segura de dados de clientes a partir de uma gama mais ampla de fontes e os assistentes de IA podem melhorar a precisão e rapidez do apoio, num mercado cada vez mais competitivo que está a forçar os operadores estabelecidos na indústria dos Serviços Financeiros e Seguros a melhor satisfazer as crescentes expectativas dos clientes e segurados. Resposta rápida, proatividade e respeito pelos padrões de privacidade e segurança de dados são as vantagens apontadas. O relatório da Talkdesk indica ainda que se espera que as tecnologias emergentes desempenhem um papel central no contacto entre agentes de contact center e clientes, assegurando a proteção dos dados recolhidos.


            De notar também que os novos participantes no mercado e os efeitos duradouros da pandemia nas finanças dos consumidores estão a aumentar a relevância nos investimentos das empresas de Serviços Financeiros e Seguros. Em relação ao ano passado, 89% dos profissionais indicam que os clientes esperam que as questões que apresentam sejam resolvidas rapidamente, 82% revelam que os clientes esperam cada vez mais para ver as suas questões respondidas de forma proativa e 80% indicam que os cientes estão menos pacientes face a possíveis interrupções na resolução dos seus problemas.


            Porém, as leis de privacidade do consumidor e as preocupações crescentes em relação à proteção dos dados tornam mais difícil proporcionar o tipo de relação que os clientes esperam. Em comparação com 2020, 85% dos profissionais da experiência do cliente dizem que os clientes estão mais preocupados com a gestão segura das suas informações pessoais e financeiras e 73% dos profissionais acrescenta que as leis de privacidade do consumidor vão tornar mais difícil o desenvolvimento de interações personalizadas no futuro. David Gardner, vice-presidente de research and insights na Talkdesk, disse em comunicado que “os prestadores de serviços financeiros e de seguros devem adaptar-se para prestar um serviço personalizado e proactivo que mantenha elevados níveis de segurança e integridade dos dados” e os profissionais inquiridos destacam que, para isso acontecer, devem aproveitar os pontos fortes de interação humana e da tecnologia, sendo que 71% afirmam que as equipas que prestam contacto pessoal são importantes para uma execução bem-sucedida da estratégia de experiência do cliente e 78% afirmam que a tecnologia e os sistemas também o são.


            Ainda que as empresas de FSI reconheçam o potencial destas tecnologias, estas encontram-se nas fases iniciais a intermédias da sua implementação e mais de um terço das instituições ainda está a explorar ou a experimentar as potenciais aplicações destas tecnologias emergentes: 37% com assistentes de AI, 37% através de blockchain e 32% através de ecossistemas integrados.


https://visao.sapo.pt/exameinformatica/2021-11-15-bancos-seguradoras-e-gestoras-de-patrimonio-querem-mais-ia-e-blockchain/

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...