Avançar para o conteúdo principal

Suíça pediu ajuda a Rui Pinto para investigar o presidente da FIFA



 O contato com o Football Leaks ocorreu ainda antes de ser conhecida a identidade do denunciante português Rui Pinto.


As autoridades suíças pediram ao Football Leaks informações potencialmente incriminatórias sobre o presidente da FIFA, Gianni Infantino.


O pedido ocorreu quando ainda era desconhecida a identidade de Rui Pinto como o denunciante que divulgava segredos sobre os negócios do mundo do futebol, noticia esta quarta-feira o jornal Público.


O e-mail, que foi enviado pelas autoridades helvéticas no final de 2018, foi adicionado recentemente ao processo em Portugal no qual Rui Pinto responde pela alegada autoria de 90 crimes.


Conta o jornal que, no e-mail, o procurador Damian K. Graf, do cantão de Valais - região do sul da Suíça -, explica que tem a seu cargo uma investigação aos impactos das informações divulgadas pelo Football Leaks, em particular as alegações de que o actual presidente da FIFA, Gianni Infantino, teria atribuído vantagens indevidas a um outro magistrado suíço, Rinaldo Arnold.


O alegado favorecimento concedido por Infantino teria por base o objetivo de conseguir reunir-se secretamente com a figura máxima do Ministério Público suíço, Michael Lauber. As autoridades suspeitavam que Infantino teria aproveitado aqueles encontros para fazer desaparecer uma investigação sobre a concessão de um contrato de direitos televisivos a uma empresa offshore.


O procurador Damian K.Graf contactou primeiro um jornalista do grupo Tamedia, o membro helvético do consórcio internacional responsável pela divulgação das informações do Football Leaks. Foi então reencaminhado para a página gerida por Rui Pinto, que usava o pseudómino 'John' para esconder a sua identidade.


Rui Pinto respondeu uma semana após ter recebido a mensagem, a 17 de Dezembro de 2018, mostrando vontade de facultar os documentos. Mas o denunciante português informou que o contacto teria de ser feito através do seu advogado.


O Público refere ainda que , ao mesmo tempo que recebia o pedido de ajuda da Suíça, Rui Pinto ofereceu às autoridades maltesas informações sobre as actividades do grupo Doyen Sports Investment, com destaque para os empréstimos feitos pelo fundo de investimento a dirigentes desportivos a título particular.


A Doyen, que estava sediada em Malta, gere passes de jogadores de futebol. Na altura em que começaram a ser divulgadas as informações pelo Football Leaks, era uma das empresas mais poderosas no setor. A empresa acusa Rui Pinto de tentativa de extorsão.


https://www.dinheirovivo.pt/economia/internacional/suica-pediu-ajuda-a-rui-pinto-para-investigar-o-presidente-da-fifa-14237185.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...