Avançar para o conteúdo principal

Hidrogénio verde deve começar a ser produzido em Sines em 2025


 © Paulo Spranger/Global Imagens


 GreenH2Atlantic é o projeto que integra empresas como a EDP, Galp, Martifer, Efacec e Bondalti, e que acaba de receber luz verde de Bruxelas. Construção da unidade industrial apontada para 2023. Início da produção em 2025.


A partir da central termoelétrica de Sines vai começar-se a produzir hidrogénio renovável (leia-se verde) dentro de quatro anos, graças ao projeto GreenH2Atlantic. Este projeto é responsabilidade de um consórcio de 13 entidades e acaba de ser selecionado por Bruxelas para ser apoiado por um fundo de 30 milhões de euros, no âmbito do programa Horizon 2020 - Green Deal, foi esta terça-feira anunciado.


"Um consórcio de 13 empresas e parceiros de investigação foi selecionado pela Comissão Europeia no âmbito do Green Deal para desenvolver um projeto de produção de hidrogénio verde de 100 MW [megawatts] em Sines", lê-se num comunicado da EDP, que integra o projeto.


O consórcio integra também a Galp, a Martifer, a Efacec, a Engie, a Bondalti, a Vestas e a McPhy, a ISQ, o INESC-TEC, a DLR, a CEA e a Axelera. Com autorização da Comissão Europeia, que apoia o projeto GreenH2Atlantic com 30 milhões, estas entidades preveem iniciar a construção da unidade industrial em Sines em 2023, devendo iniciar-se a produção de hidrogénio verde em 2025.


A nova unidade vai localizar-se no terreno da central termoelétrica de Sines, encerrada no início deste ano. O carvão dará, assim, lugar ao hidrogénio verde, "em linha com a estratégia e objetivos europeus de neutralidade carbónica".


O projeto de produção de hidrogénio verde - um dos três projetos internacionais selecionados por Bruxelas - prevê a produção de "100 MW [megawatts] em Sines", numa "escala de produção e aplicação tecnológica sem precedentes".


"O eletrolisador de 100 MW será composto por módulos inovadores e escaláveis de 8 MW, com elevada capacidade, para atingir a máxima eficiência, dimensão, vida útil e flexibilidade", acrescenta o mesmo comunicado.


"Outras características inovadoras incluem o sistema de interface composto por tecnologias de gestão avançada que permitirão a ligação direta do eletrolisador a energia renovável híbrida local (solar e eólica)", lê-se.


José Varela Rodrigues

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/hidrogenio-verde-deve-comecar-a-ser-produzido-em-sines-em-2025-14431131.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...